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As doações no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) tiveram uma queda de cerca de 40% devido à pandemia da Covid-19. De acordo com a instituição, a redução afeta diretamente o atendimento dos hospitais públicos e privados, que dependem do banco de sangue. Para mobilizar os paranaenses a doarem sangue, a rede Hemepar conta com o Hemocentro Coordenador, localizado em Curitiba, e, também, com uma estrutura descentralizada, composta pelos hemocentros regionais.
O Paraná tem quatro hemocentros regionais, que ficam nos municípios de Guarapuava, Cascavel, Maringá e Londrina. Essas unidades também recebem candidatos à doação de medula óssea. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue e aumentar o número de doadores de medula, o Hemepar indica que os voluntários devem procurar o hemocentro regional mais próximo e permitir uma pequena coleta de sangue para averiguação do tipo sanguíneo e da compatibilidade.
Logo depois, o cadastro é repassado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão nacional responsável pelo gerenciamento das informações do doador e do paciente. Caso haja compatibilidade, o Redome entrará em contato com o doador para retirada das células.
De acordo com dados do Redome, o Paraná possui mais de 555 mil candidatos à doação de medula óssea. A diretora-geral do Hemepar, Liana Andrade, explica que a probabilidade de um paciente com doenças hematológicas, como leucemia e linfomas, de encontrar um doador compatível é de uma a cada 100 mil, em alguns casos é de uma a cada um milhão.
“É muito importante ter esse cadastro de doadores, tanto de sangue como de medula óssea. O doador de medula é efetivamente a cura para alguém. Já o doador de sangue ajuda terapeuticamente alguém. O sangue, dois dias depois da doação, está totalmente refeito”, acrescenta Liana.
Ela ainda acrescenta que o Hemepar é responsável por atender à demanda hospitalar de 385 hospitais públicos, privados e filantrópicos, além de atender 92,8% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná. A diretora destaca que o sangue é insubstituível e essencial para a vida humana. Por isso, a importância de ser um doador regular.
“Não existe uma medicação ou uma forma de conseguirmos sangue para aqueles que precisam. A doação de sangue é um gesto sublime de amor ao próximo, porque você não sabe para quem está doando. Quando você vem a um hemocentro e estende seu braço e doa o seu sangue, você pode estar doando para uma criança, um idoso, para uma mulher, um homem, para a raça que for e a religião que for,.”, emociona-se Liana Andrade.
O hemocentro regional de Guarapuava, centro-sul paranaense, atende a 17 municípios. Entre eles, Campina do Simão, Foz do Jordão, Laranjeiras do Sul, Pinhão e Turvo. O endereço da unidade é Rua Afonso Botelho, número 134, bairro Trianon. O telefone (42) 3622-2819.
Já a unidade de Cascavel, oeste do estado, fica mais próxima de Catanduvas, Diamante do Sul, Ibema, Nova Aurora, Santa Lúcia e outras 11 cidades. O hemocentro está localizado na Rua Avaetés, número 370, Santo Onofre, telefone (45) 3226-4549.
Quem mora em Marialva, Mandaguari, Paiçandu e Sarandi pode se dirigir até o hemocentro regional de Maringá, no norte do Paraná. O endereço é Avenida Mandacaru, número 1600, e o telefone (44) 3011-9194.
Os moradores dos municípios de Cambé, Ibiporã, Pitangueiras, Rolândia e Tamarana, podem comparecer na unidade do Hemepar em Londrina, também na região norte. O polo fica na Rua Claudio Donizeti Cavalliere, número 156, Jardim Aruba. O telefone é o (43) 3371-2218.
O analista de vendas Moacir Petransky, 49 anos, mora em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Ele doou medula óssea em novembro de 2016 depois de esperar 10 anos para encontrar um receptor compatível. Moacir conta que precisou sair do Paraná e viajar mais de 800 quilômetros até Barretos, interior do estado de São Paulo, para mudar a história de um jovem do Rio Grande do Norte que estava em tratamento contra um câncer.
“Eu saí do hospital no dia da doação muito feliz. É um momento muito mágico da minha vida, pois fui escolhido entre um a cem mil. Um médico me perguntou: ‘Moacir você tem noção que se você ir 10 vezes no estádio do Maracanã lotado e alguém perguntar se tem alguém compatível com fulano de tal e só você levantar a mão? Tem ideia do que significa isso?’ Aquilo me motivou muito a fazer, porque isso mostra o quanto a gente é especial na vida de alguém.”
A técnica em óptica, Carla Morbeque, 41 anos, mora no bairro Jardim Amélia, em Pinhais, e também doou medula óssea. Ela conta que sempre teve o desejo de se tornar doadora. Para Carla, a sensação de poder contribuir para salvar a vida de uma pessoa é de dever cumprido.
“Saber que eu mudei a história de uma pessoa que não é da minha família não tem preço. É como se tivesse uma parte de mim nessa outra pessoa. Eu doei em vida, eu dei amor em vida, eu amei o próximo sem saber quem é, sem saber da onde que é, só querer mesmo transformar a vida de alguém. Isso não tem preço."
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garante que doar sangue e medula óssea é possível graças ao SUS. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
Além dos hemocentros regionais, os voluntários à doação de sangue e medula óssea no estado podem procurar os hemonúcleos, unidades de coleta e transfusão que ficam nos municípios de Curitiba, Ponta Grossa, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Umuarama, Paranavaí, Apucarana, Paranaguá, Irati, União da Vitória, Cianorte, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Toledo e Telêmaco Borba. Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades, veja o mapa abaixo.
De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse hemepar.pr.gov.br.
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