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Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, Goiás foi o estado do Centro-Oeste que mais gerou vagas de trabalho em maio, registrando 6.297 novas vagas com carteira de trabalho assinada. No ranking nacional, o estado ocupa a oitava posição entre os estados que mais criaram empregos no mês.
O destaque para crescimento do emprego formal foi o setor de serviços, que registrou um saldo de 3.431 postos formais de trabalho. Em seguida ficou a indústria, com 1.402 vagas criadas, seguida pelo comércio, 734. A construção gerou saldo positivo de 676 empregos no mês.
Para o economista Francisco Rodrigues, isso mostra uma recuperação gradual do setor pós-pandemia do coronavírus. Em 2021, cerca de 1,4 milhão de empresas foram fechadas no país, de acordo com o mapa de empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. “Isso mostra que está havendo uma diminuição dos custos das empresas. E ao mesmo tempo, o governo está gerando incentivos por meio dos bancos, aumentando o crédito também para as empresas e está vendo as isenções”, explica o economista.
De acordo com dados da última pesquisa realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), em abril, o setor de serviços em Goiás cresceu 2,4%, na comparação com o mesmo período de 2022. A alta se deu nas atividades de serviços de informação e comunicação (10,1%); outros serviços (9,4%); serviços profissionais, administrativos e complementares (1,9%); e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%).
Rodrigues aponta que esse crescimento alavanca a economia do estado e diminui o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Ou seja, a inflação diminuindo contribui para a geração de emprego. No caso de Goiás, nós podemos observar que é um grande polo de geração de emprego do país, pois tem muitas empresas, muitas fábricas, muitas indústrias, com destaque para o setor de moda e roupas”, complementa.
Para Rodrigues, as expectativas para o próximo semestre são positivas, com mais geração de empregos e novas empresas a serem abertas. O que deve ajudar são as datas comemorativas, com novas produções para feriados e festas.
O economista Newton Marques diz que é importante estar atento ao que pode acontecer com a agropecuária e indústrias. “Se as taxas de juros caírem, como nós estamos imaginando, acabe respondendo mais. Mas o setor de serviços sempre vai ter o seu lugar, sempre vai ter o seu crescimento. Talvez não seja o maior, mas vai crescer também, porque ele cresce junto com a pecuária e têxtil”, explica.
O país acumulou saldo de 155.270 postos de trabalho em maio, resultado de 2.000.202 admissões e 1.844.932 desligamentos no mês, segundo o Caged.
O saldo positivo ganhou destaque também no setor de serviços, com crescimento de 54% no mês — e em 23 dos 27 estados brasileiros. O segundo maior crescimento de emprego formal no país ocorreu na construção civil, seguido da agropecuária.
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