Foto: Divulgação PortosRio
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Fundo da Marinha Mercante: indústria naval do Rio de Janeiro conta com investimento de 6,6 bilhões

Os recursos serão investidos em projetos que visam fortalecer a infraestrutura portuária e a indústria de petróleo e gás no estado

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Após o Fundo da Marinha Mercante (FMM) aprovar 14 projetos no estado do Rio de Janeiro, a unidade da federação vai contar com investimento superior a R$ 6,6 bilhões. Os recursos serão aplicados na modernização e ampliação de empreendimentos ligados à extração de petróleo e gás.

O FMM é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). O repasse da verba foi aprovado na primeira das quatro reuniões que o grupo vai realizar em 2025.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de maneira geral, o Rio de Janeiro será beneficiado não apenas pelos empreendimentos aprovados para execução no território fluminense, mas, também, por embarcações para a indústria de petróleo que serão construídas em outros locais e que vão operar no estado.

“Esses projetos representam uma nova fase da indústria naval do Rio de Janeiro. Tudo isso representa geração de emprego e renda para a população, dinamizando a economia e fortalecendo todo o país”, destaca o ministro.  

Projetos aprovados

Dos projetos aprovados, um diz respeito à construção de quatro navios Handy para transporte de derivados claros de petróleo pela Petrobras. Nesse caso, o valor do investimento chega a R$ 1,5 bilhão. O intuito é ampliar a frota própria da Petrobrás e reduzir o risco de ampliação de preço por afretamento. A expectativa é de que a iniciativa seja responsável pela criação de 640 empregos diretos, ao longo de quatro anos.

Também há um investimento expressivo ligado à Green Port. Os recursos estão sendo empregados na construção de um novo dique flutuante e na modernização de um estaleiro localizado na Ilha da Conceição (RJ). A obra está avaliada em R$ 242,2 milhões. Nesse caso, estão previstos 492 empregos diretos durante a execução do projeto.

A Cedro Participações também desenvolve um projeto no Rio de Janeiro. Trata-se do ITG 02 - um terminal portuário greenfield voltado à movimentação de minério de ferro. De acordo com o Mpor, o empreendimento contará com infraestrutura completa de cais, pátios, armazéns e sistemas modernos de carga e descarga. Ao todo, a iniciativa terá investimento de R$ 3,5 bilhões. A projeção é de que sejam gerados 2.847 empregos diretos.

Setor naval e aquaviário conta com R$ 22 bi para investimento em 26 projetos da área

O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, lembra que, nacionalmente, o Rio de Janeiro já é reconhecido por ter uma indústria naval e portuária forte e competitiva. Para ele, a aprovação desses recursos vai ajudar a alavancar ainda mais o setor, o que contribui para geração de mais emprego e renda no estado.

“Não estamos falando apenas de construção ou manutenção, mas na operação dessas embarcações que são muito utilizadas no offshore, ou seja, na produção do petróleo em alto mar. É muita tecnologia embarcada, que traz não só desenvolvimento tecnológico, mas em especial, muito emprego e renda. Quando a gente fala da construção de embarcações, estamos falando do renascimento de toda uma indústria naval da região do Rio de Janeiro”, afirma.  

Investimento bilionário

Ao todo, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou R$ 22 bilhões. O valor foi definido durante reunião realizada neste mês de maio. Trata-se do maior volume de recursos aprovados pelo Fundo em uma única reunião do conselho.

A verba será empregada em 26 projetos ligados à construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias.

Fundo da Marinha Mercante

O FMM visa prover recursos para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval do Brasil.

O Fundo é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, por meio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante. O FMM tem como agentes financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal.
 

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