LOC.: A geração de energia limpa e transição para uma economia verde são temas importantes dentro do agronegócio e para a sociedade brasileira. A Frente Parlamentar da Agropecuária, a FPA, maior bancada representativa do Congresso Nacional, mostra-se interessada em conduzir os debates no país.
A Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida como RenovaBio, é um estímulo para geração de energia renovável e, ao mesmo tempo, de crescimento para a economia, o que pode levar o Brasil a um protagonismo mundial de modelo econômico sustentável.
Para o vice-presidente da FPA, deputado federal Arnaldo Jardim (CD-SP), a energia produzida a partir do agro é renovável e traz impactos positivos ao país. De acordo com o parlamentar, os integrantes da bancada da agropecuária defendem junto ao governo um projeto de expansão do setor de energia para os próximos 10 anos.
TEC./SONORA: Arnaldo Jardim (deputado federal, CD-SP)
“Nós estamos discutindo muito a questão de um plano decenal para os biocombustíveis pra todos metas de produção porque assim tendo essas metas nós podemos ter investimentos esses investimentos são fundamentais para responder a sua pergunta que é tendo maior produção, maior previsibilidade, maior inovação, diminuir os custos de produção dos combustíveis, ganha a sociedade de uma forma geral.”
LOC.: A cana já é a principal fonte de energia renovável no Brasil, de acordo com o balanço energético nacional de 2021. O insumo é responsável por 19% da energia consumida no país. Apesar disso, os produtores de cana-de-açúcar reivindicam melhor remuneração para o setor e participação efetiva dentro da nova Política Nacional de Biocombustíveis. É o que afirma Gustavo Rattes de Castro, presidente da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil, a ORPLANA.
TEC./SONORA: Gustavo Rattes de Castro, presidente da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil
“Quando a lei foi implementada, o produtor ficou fora do projeto. Tendo em vista que hoje, 80% da captação tá na agrícola. Então, hoje o produtor não tem acesso ao cbios, que é um título de descarbonização, oriundo do RenovaBio.”
LOC.: Para a vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim, além de incentivar a descarbonização das atividades no meio rural, o RenovaBio trouxe incentivos financeiros para que o setor agrícola aderisse à iniciativa, o que representa redução nos custos para os produtores.
TEC./SONORA: Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR
“Basicamente o programa prevê uma redução de juros para financiamentos feitos a produtores rurais de biocombustíveis que tenham interesse no desenvolvimento de ações que tragam mais eficiência energética para sua produção. quando a gente olha para o tema de energia de maneira geral, a eficiência energética é uma das melhores ações que podem ser adotadas, porque a melhor energia, a energia mais barata ou a energia melhor para o meio ambiente é aquela de fato que a gente não usa.”
LOC.: Até 2030, a WWF estima que os biocombustíveis podem suprir 72% da demanda brasileira por energia, o que pode representar menor custo de produção e mais eficiência energética.
Reportagem, João Nogueira, narração, Felipe Moura