LOC.: O setor de produção de semicondutores será essencial para a retomada econômica e a maior conectividade do país, já que os chips são essenciais em todos os aparelhos eletroeletrônicos que estarão conectados ao 5G em uma escala muito maior que a atual. A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica, Humberto Barbato, em audiência pública nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados, para discutir a inserção digital e a conectividade como estratégias para a retomada econômica e a geração de emprego e renda no pós-pandemia.
A escassez de semicondutores na pandemia e os prejuízos gerados em diversos setores podem voltar a acontecer caso o setor não seja fortalecido no país. Justamente por isso o presidente da associação defende que é importante a prorrogação do prazo de vigência de incentivos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, o PADIS, que acaba em janeiro de 2022.
TEC. SONORA: Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica
“Estamos certos que a renovação no regime do PADIS representará a retomada do ciclo da indústria fotovoltaica brasileira uma forte perspectiva para o Brasil exercer liderança regional e competir com players globais na produção de energia limpa, sustentável e em volume necessário pra atender a demanda do país, além de fornecer produtos para suprir mercados externos de forma competitiva”
LOC.: O projeto de lei ainda aguarda análise. Ildeu Borges, gerente regulatório do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, levantou outro entrave para a chegada do 5G: a burocracia para a instalação de novas antenas. Elas são muito menores que as atuais, mas precisam constar em maior número. O problema é que as autorizações para instalação partem do município e podem demorar mais de um ano. A solução é a alteração da Lei Geral das Antenas. O texto autoriza as prestadoras a instalarem o equipamento caso a prefeitura não responda a solicitação após o prazo de 60 dias.
TEC. SONORA: Ildeu Borges, gerente regulatório do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel
“O 5G, para que ele entregue todas essas características e funcionalidades, depende de muito mais antenas do que as antenas que são utilizadas hoje para o 4G e 3G. São antenas menores, com uma potência muito menor do que a que existe hoje, mas que infelizmente são regulamentadas da mesma forma que as antenas grandes”.
LOC.: Ainda segundo Ildeu, todos os entraves relacionados à chegada do 5G devem ser resolvidos com urgência, mesmo porque as prestadoras que arremataram as radiofrequências têm obrigações a cumprir.
Reportagem, Luciano Marques