Data de publicação: 24 de Março de 2023, 18:35h, atualizado em 24 de Março de 2023, 18:33h
LOC.: O governo chinês decidiu suspender o embargo à carne bovina brasileira. As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro após a confirmação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecido como mal da “vaca louca", em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará. A volta das exportações da proteína para a China foi anunciada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que agradeceu ao governo da China, ao presidente Lula, ao corpo técnico da pasta e ao governo do Pará, que, segundo ele, foi rápido e claro em comunicar o caso de "mal da vaca louca".
O analista da Safras & Mercado Fernando Iglesias pontua que o mercado recebeu com bastante entusiasmo a notícia.
TEC./SONORA: Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado
“A notícia de que a China voltou a comprar carne bovina brasileira, realmente é uma excelente notícia. É ótimo para o mercado brasileiro. E também tivemos a notícia de que mais quatro unidades frigoríficas foram habilitadas a exportar para China. Agora o que resta em termos de negociação é que essa comitiva que está lá na Ásia aproveite essa oportunidade pra tentar renegociar esse protocolo sanitário que foi firmado com a China em 2015 para tentar rever esse protocolo para que a gente não sofra danos tão graves assim em casos atípicos que pouco interferem na cadeia produtiva e que não oferecem riscos”.
LOC.: Francisco Olavo de Castro, presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), comenta que assim como o Mapa faz o auto embargo de forma automática ao mínimo caso de suspeita, o setor gostaria que a pasta tivesse a reflexão junto ao governo chinês de fazer a reabertura automática também.
TEC./SONORA: Francisco Olavo de Castro, presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA
“Não tem risco nenhum e o risco da vaca louca atípica é zero para saúde humana. Então a gente pode sim prever essa reabertura automática. O que a gente pede é o que o pecuarista almeja. O que a gente não pode é ficar na incerteza de quando o mercado é reaberto, uma vez que ele pode ficar fechado 20 dias ou quatro meses. Essa incerteza gera muito prejuízo ao pecuarista que não consegue se programar e a atividade vai ficando cada vez mais insustentável”.
LOC.: Outros quatro países que haviam interrompido as compras da proteína já retiraram os embargos, afirma, em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), sem informar quais seriam esses mercados. Segundo a pasta, outros seis países continuam com as compras de carne bovina suspensas. São eles Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia.
Reportagem Evelin Mendes.