Data de publicação: 05 de Maio de 2023, 04:30h, atualizado em 01 de Agosto de 2023, 16:28h
LOC.: A concorrência entre as plataformas de comércio eletrônico internacionais e o setor produtivo nacional pelo mercado brasileiro é positiva, mas exige que as empresas do exterior sigam as regras do jogo, o que não vem ocorrendo. A avaliação é de Merula Gomes, especialista em Finanças da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas.
TEC./SONORA: Merula Gomes, especialista em finanças da CNDL
"A gente entende que a concorrência é positiva, mas tem que ser dada igualdade de condições para aqueles que estão concorrendo no mercado, porque senão fica numa condição ruim de desigualdade e acaba que o varejista brasileiro fica prejudicado, porque ele é quem está gerando emprego e renda para o país e está sendo taxado e o que vem de fora não está sendo taxado".
LOC.: A especialista afirma que, além de as empresas brasileiras estarem submetidas a uma alta carga tributária, há o problema adicional de parte dos concorrentes serem desleais. Segundo ela, empresas se passam por pessoas físicas na hora de vender produtos para os brasileiros e, por isso, acabam isentas do imposto de importação, barateando o preço das encomendas.
O deputado Julio Lopes, do PP do Rio de Janeiro, afirma que o varejo internacional dribla a legislação para não pagar imposto e que vai trabalhar para acabar com o que ele chama de "invasão ao mercado nacional".
TEC./SONORA: deputado federal Julio Lopes (PP-RJ)
"É bom você brasileiro saber que lá na China já dão subsídios para que essas empresas concorram conosco. Lá o emprego não tem o custo que tem no Brasil. Os cidadãos chineses não têm os direitos trabalhistas que os brasileiros têm e, portanto, esse produto já chegaria mais barato ao Brasil mesmo pagando imposto. Sem imposto é uma concorrência desleal e inaceitável, contra a qual nós estamos aqui para lutar".
LOC.: As plataformas de comércio eletrônico internacionais, como as asiáticas AliExpress, Shopee e Shein, ganharam espaço entre os consumidores brasileiros, principalmente devido aos preços mais baixos.
A legislação garante que os cidadãos fiquem isentos do imposto de importação quando fizerem compras internacionais de até US$ 50, aproximadamente R$ 250, desde que o remetente também seja pessoa física e não uma empresa.