Data de publicação: 04 de Julho de 2024, 16:00h, Atualizado em: 04 de Julho de 2024, 16:45h
O câncer de mama é um problema grave e muito frequente, estima-se que 1 em cada 8 mulheres vai ter que lidar com o câncer ao longo da vida, só no Brasil, mais de 60 mil mulheres são diagnosticadas com a doença todo ano.
Existem dois tipos de prevenção que devem ser feitas para o câncer de mama: prevenção primária e secundária.
Prevenção primária: Tem o objetivo de evitar o desenvolvimento da doença;
Prevenção secundária: Tem o objetivo de orientar sobre como fazer o diagnóstico precoce.
Quanto mais cedo o diagnóstico da doença for feito, menor a necessidade de tratamentos complexos e principalmente, maior a chance de cura. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, toda mulher com mais de 40 anos deve fazer a mamografia todo ano, sempre que possível.
Como é feita a mamografia?
A mamografia é um raio X específico da mama, para ter melhor avaliação do conteúdo da mesma, ela precisa ser comprimida. Geralmente a paciente fica em pé, com as mamas apoiadas em um placa, então são comprimidas, uma por vez, para a realização da imagem. Com o exame é possível identificar microcalcificações suspeitas, nódulos, assimetrias, distorções, etc., todas características que podem sugerir a presença do câncer de mama.
Para a classificação das lesões de mama, é utilizada uma padronização chamada birads, ela é super importante na orientação de qual deve ser o próximo passo no tratamento.
Birads 1 e 2: são para exames normais ou achados benignos;
Birads 3: alterações provavelmente benignas, essas pacientes devem realizar o próximo controle em seis meses para avaliar a estabilidade do que foi achado;
Birads 4: alteração suspeita, esta deve ser complementada com a biópsia, a chance de ser câncer é muito variável, entre 2 a 95%, ou seja, não se pode deixar de realizar a biópsia, mas pode não ser câncer;
Birads 5: alteração com alta suspeita para câncer de mama, também precisa ser feita a biópsia;
Birads 0: exame inconclusivo, precisa ser complementado pois não conseguiu concluir se está tudo bem ou se há alguma lesão. A complementação pode ser feita com uma nova mamografia, ultrassom e até ressonância.
Se você fez a mamografia e não teve alteração nenhuma, mesmo assim deve realizar o exame no ano seguinte, pois o câncer ainda pode aparecer nesse espaço de tempo, por isso é recomendado o exame anual. Apenas em duas situações isso deve ser diferente, na primeira é se você apresentar os seguintes sintomas:
Uma das mamas começou a ficar maior do que a outra;
Uma papila, que é o bico do peito, que era pra fora, entrou;
A pele da mama apresenta uma mancha vermelha, uma área mais espessa;
Ao apalpar a mama percebeu a presença de um nódulo, caroço ou até mesmo um área mais retraída ou afundada;
O aparecimento de um caroço na axila que não melhora com o passar do tempo.
Nessas situações, você deve procurar o médico o quanto antes, esses sintomas podem estar associados ao câncer e é fundamental não perder tempo. A segunda situação são os casos especiais, em que se deve fazer a mamografia antes dos 40 anos, que são mulheres com alto risco para o câncer de mama:
Mulheres com antecedentes familiar com diagnóstico, dependendo da idade em que o familiar apresentou o câncer, pode ser indicado iniciar o exame antes dos 40 anos;
Quando é encontrado um nódulo na mama;
Pacientes que realizaram a biópsia mamária com resultados com células atípicas.
O que fazer para evitar o câncer de mama?
A medicina não conhece ao certo a causa do câncer de mama, mas sabe-se que ao seguir algumas práticas e realizar o diagnóstico precoce, a taxa de prevenção e de cura aumentam. Para isso, é essencial ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, manter as consultas em dia e realizar exames de mamografia regularmente.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube