Data de publicação: 25 de Março de 2023, 16:33h
LOC.: No dia 26 de março celebra-se, desde 2008, o Dia Mundial da Conscientização sobre a Epilepsia. O Dia Roxo, como é conhecido, é um esforço internacional que visa aumentar a compreensão sobre a epilepsia. A condição afeta cerca de 2% da população brasileira e aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 25% dos pacientes com a condição são portadores em estágio grave. No geral, o tratamento é feito por meio de medicamentos que evitam as descargas cerebrais anormais. A epilepsia é uma condição neurológica que afeta pessoas de todas as idades. Durante segundos ou minutos, parte do cérebro emite sinais incorretos e causa crises que podem se manifestar em convulsões ou outros sintomas, como explica a neuropsicóloga Simone Lavorato.
TEC.SONORA: Simone Lavorato, neuropsicóloga
“As crises epiléticas acontecem quando um determinado grupo de neurônios passa a disparar de uma forma anormal e sincronizada criando um excesso de atividade cerebral. Isso pode acontecer em diversas condições, como infecções, traumas, anormalidades metabólicas.”
LOC.: Segundo o Ministério da Saúde, para que seja caracterizada epilepsia, é necessário recorrência espontânea das crises, com intervalo de, no mínimo, 24 horas entre cada uma delas. Simone Lavorato destaca a importância de conscientizar as pessoas sobre o tema.
TEC.SONORA: Simone Lavorato, neuropsicóloga
“A conscientização da sociedade acerca da epilepsia, de como ela se manifesta e o que podemos fazer se tivermos ao lado de uma pessoa que está tendo uma crise epilética, no sentido de dar um auxílio, de socorrer, ela é muito importante. Pois a ignorância, muitas vezes, afasta as pessoas e na verdade nós podemos salvar vidas. E o conhecimento vai nos dar a condição social de salvar vidas.
LOC.: A condição pode ser causada por traumas na cabeça — recentes ou não — traumas na hora do parto, abuso de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas. Pós-doutor e PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu destaca que as convulsões podem afetar as pessoas de maneira diferente, dependendo de qual parte do cérebro está envolvida.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral e gratuito para os casos de epilepsia, desde diagnóstico até o acompanhamento e tratamento necessários, inclusive o medicamentoso.
Reportagem, Fernando Alves