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Com o crescimento no número de casos de dengue na primeira semana epidemiológica de 2024, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal está buscando alternativas para garantir o atendimento dos pacientes com casos de dengue. Desde a última quarta-feira (17) as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) funcionam em horário ampliado: de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h.
O médico infectologista Fernando Chagas destaca ainda os principais sintomas da dengue. Ele ainda orienta que ao detectar qualquer sinal preocupante, busque atendimento médico.
“É uma doença que geralmente se inicia com febre alta, com dor de cabeça, dor também ao redor dos olhos. Também pode apresentar dor articular. Então, nem toda doença febril com dor articular necessariamente a chikungunya. Lembrando que até a metade das pessoas pode se apresentar com manchas na pele, que geralmente aparecem depois do segundo ou terceiro dia da doença. E se começar a apresentar dor de barriga e vômitos, precisa ser considerado o risco de forma grave e a pessoa precisa imediatamente buscar uma urgência. Não esquecer que a dengue é uma doença que infelizmente pode matar”, alerta.
Conforme o boletim epidemiológico mais recente divulgado pela SES-DF, o Distrito Federal já registrou 2.189 casos suspeitos de dengue na primeira semana de 2024, sendo que 2.152 são tratados como prováveis. Em comparação com a primeira semana epidemiológica de 2023, quando foram registrados 669 casos, houve um aumento de 207% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF.
Ainda conforme o boletim, dos casos prováveis 95,4% são residentes no DF. As regiões administrativas com as maiores taxas de incidência foram Ceilândia, com 765 casos prováveis. Samambaia, com 142 casos — e Brazlândia, com 124 notificações. A taxa de incidência da doença na capital é de 51,97 infecções por 100 mil habitantes.
A pedagoga Luana Muller, de 25 anos, foi diagnosticada com dengue em maio de 2023. Ela comenta como reagiu aos sintomas da doença. “Eu fiquei basicamente uns cinco dias tendo febre, dor no corpo e dor nos olhos. Tinha muita dor de cabeça, não conseguia ficar acordada, dormia o tempo inteiro. Fui ao hospital; fui diagnosticada”, conta.
O Ministério da Saúde recomenda que a população siga com os cuidados para impedir a proliferação do Aedes aegypti, como: não acumular água em lajes ou calhas, evitar o acúmulo de itens como garrafas, pneus em áreas descobertas, colocar areia nos vasos de planta, cobrir caixas d’água e fazer uso de repelentes quando estiver em locais considerados como áreas de infestação.
Além da ampliação do horário de atendimentos nas UBS's, a SES-DF informou que esta implementando o “carro fumacê” nas regiões administrativas para combater o mosquito transmissor e os agentes comunitários também estão realizando visitas domiciliares, para a eliminação de focos e retirada de entulhos e lixo nas vias públicas. De acordo com a SES-DF, cerca de 1.300 servidores da área estão realizando as visitas.
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