LOC.: A discussão de temas relevantes para a preservação da Amazônia, como ainda a necessidade de se promover o desenvolvimento sustentável. Esse é um dos desafios que estão sendo debatidos nesta terça e quarta-feira (8 e 9) pela Cúpula da Amazônia, que nesta versão acontece em Belém, no Pará, O evento reúne representantes dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). São eles: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Além disso, representantes da sociedade civil e entidades de defesa do meio ambiente também marcaram presença na abertura do encontro.
Logo na abertura do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o cronograma e pontuou, de modo enfático, alguns dos temas a serem abordados nas discussões.
TEC./SONORA: presidente Luiz Inácio Lula da Silva
“Vamos discutir e promover uma nova visão de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região, combinando a proteção ambiental com a geração de empregos dignos e a defesa dos direitos de quem vive na Amazônia. Precisaremos conciliar a proteção ambiental com a inclusão social, o fomento à ciência, tecnologia e inovação, o estímulo à economia local, o combate ao crime internacional e a valorização dos povos indígenas e de comunidades tradicionais e seus conhecimentos ancestrais.”
LOC.: Também discursaram na abertura da Cúpula da Amazônia as autoridades de outros países presentes e representantes da sociedade civil que participaram das plenárias realizadas no âmbito dos Diálogos Amazônicos, evento que antecedeu a Cúpula para o desenvolvimento de propostas da sociedade civil organizada.
O presidente do Parlamento Amazônico (Parlamaz), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), comentou sobre a função do Parlamaz.
TEC./SONORA: senador Nelsinho Trad (PSD-MS)
“O trabalho do Parlamaz está relacionado a necessidade de que nossas casas legislativas, juntas, enfrentem esses problemas e apontem as soluções. Há que se ter um trabalho de transversalidade entre os países para que, unindo as forças, possamos enfrentar os complexos e difíceis problemas que existem no território amazônico.”
LOC.: Na véspera da Cúpula da Amazônia, durante evento em Santarém, no Pará, o presidente Lula afirmou o desejo de preservar a Amazônia, não como um santuário, mas como uma fonte de aprendizado da ciência do mundo inteiro, para que se encontre um jeito de preservar ganhando dinheiro para a população local.
O cientista político André César, sócio da Hold Assessoria Legislativa, comentou a declaração
TEC./SONORA: cientista político André César
“Temos até onde a gente pode ir na questão da Amazônia, e aí a Amazônia pode ser um grande celeiro global e o Brasil ganhar muito com isso. A Amazônia é nossa, não vai ser um santuário, só que nós vamos colaborar com o planeta tratando bem, e aí passa pela questão da população, que pode contribuir para um melhor tratamento do bioma e tudo mais. O país ganha, com geração de empregos, com qualidade, recuperando populações ribeirinhas, e tudo mais. E o planeta ganha, que nós estamos tratando melhor num momento de crise climática.”
LOC.: O desenvolvimento sustentável da região amazônica foi um dos alicerces da campanha. Ao assumir, o governo criou a Secretaria Nacional de Bioeconomia, sob o comando do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima. O objetivo é desenvolver a economia local, sem aumentar o desmatamento da Floresta Amazônica.
Reportagem, Janine Gaspar