LOC.: O setor ferroviário está entre os que mais avançaram nos últimos quatro anos, a partir da retomada dos investimentos públicos e recursos privados aplicados no segmento. De 2019 até o momento, o valor contratado para as próximas décadas chega a 44 bilhões e seiscentos milhões de reais. Entre as concessões realizadas nesse período destacam-se as das ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste, além do novo contrato de administração da Ferrovia Interna do Porto de Santos.
Na avaliação do deputado federal Zé Vitor (PL-MG), que foi relator da proposta do novo marco legal das ferrovias, o destaque do segmento ferroviário envolve o trabalho conjunto do setor público e do privado.
TEC./SONORA: Zé Vitor (PL-MG), deputado federal
“Tudo isso só é possível com a presença ativa da e maciça da iniciativa privada, e também do poder público direcionando políticas para o setor ferroviário, que até então estava adormecido ou esquecido. Eu vejo que o setor merece o seu reconhecimento, que dia após dia vai ganhar o local de destaque que merece.”
LOC.: Mesmo com os avanços, o país ainda tem margem para melhorar quando o assunto é infraestrutura. Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, revela que, para que o Brasil possa ampliar a qualidade do setor, os investimentos anuais precisam chegar a cerca de R$ 344 bilhões, segundo o especialista em Infraestrutura da entidade, Matheus de Castro.
TEC./SONORA: Matheus de Castro, especialista em Infraestrutura da CNI
“Hoje, quando vemos o que o Brasil investe em infraestrutura, tanto no setor público quanto no privado, chegamos ao valor de 1,6% ou 1,7% do PIB. Isso dá em torno de R$ 135 bilhões por ano. Precisamos levar esse montante para 4% do PIB para que em 2050 tenhamos uma oferta adequada de serviços de infraestrutura. Então, precisamos aumentar a participação privada na gestão dos ativos de infraestrutura, na própria realização dos investimentos.”
LOC.: De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o investimento desses contratos corresponde à expectativa de abertura de mais de 700 mil postos de trabalho.
Reportagem, Marquezan Araújo