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LOC.: Emendas parlamentares impositivas de deputados estaduais somam mais de onze bilhões de reais e foram distribuídas para vinte e dois estados e o Distrito Federal. É o que aponta estudo realizado pela Câmara dos Deputados.
O estado de Minas Gerais concentra o maior volume financeiro, com dois bilhões e duzentos milhões de reais em emendas. São Paulo está em segundo lugar, com quase um bilhão e duzentos milhões, seguido de Santa Catarina, com oitocentos e dezessete milhões de reais.
O Distrito Federal lidera em valor destinado por parlamentar, com trinta milhões e trezentos mil reais, seguido de Minas Gerais, com vinte e oito milhões e setecentos mil, e Roraima, com vinte e oito milhões e meio de reais.
O consultor orçamentário César Lima explica que o estudo refere-se a estados e municípios que já adotam o instrumento das emendas impositivas.
TEC/SONORA: César Lima, consultor orçamentário
“A Constituição, lá em 2015, criou o instrumento da emenda parlamentar impositiva no Orçamento Federal. Isso é uma regra geral que pode ou não ser adotada por estados e municípios. No caso dos estados, pelas assembleias, em suas constituições estaduais, no caso dos municípios, pelas câmaras de vereadores, nas suas leis orgânicas.”
LOC.: Emendas impositivas são de execução obrigatória, sob pena de crime de responsabilidade, exceto quando há exceções, previstas na Constituição. Pela regra federal, metade dessas emendas precisam ser destinadas a serviços públicos de saúde.
Nos estados e municípios que adotaram as emendas, podem haver regras diferentes, desde que estejam explícitas nas constituições estaduais ou leis orgânicas.
O levantamento mapeia as emendas impositivas nas constituições estaduais e leis orgânicas municipais, além de analisar decisões do Supremo Tribunal Federal sobre a necessidade de as assembleias estaduais e câmaras de vereadores seguirem os mesmos critérios aplicados em âmbito federal.
O levantamento não cita o período de realização das emendas. A reportagem tentou entrar em contato com os consultores, mas não obteve retorno.
Reportagem, Cristina Sena