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Confiança recua em 23 dos 29 setores da indústria em outubro

Empresários estão menos confiantes em relação aos próximos seis meses, aponta gerente de Análise Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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A confiança dos empresários de 23 dos 29 setores industriais caiu em outubro, divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – Resultados Setoriais diminuiu de forma disseminada em todas as cinco regiões do país e em todos os portes de indústria (pequenas, médias e grandes empresas). 

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, diz que a queda na confiança dos empresários industriais reflete, principalmente, as expectativas menos positivas para os próximos seis meses e, em menor medida, A avaliação menos positiva das condições atuais em relação aos últimos seis meses. 

“Essa queda na confiança bastante generalizada se deve, de uma forma geral, por mudanças tanto nas expectativas quanto nas avaliações das condições atuais. As expectativas se tornaram menos otimistas e a avaliação das condições correntes de negócio, tanto da empresa quanto da própria economia, se tornaram menos positivas na comparação com os seis meses anteriores”, avalia. 

Confiança por setor

A confiança recuou mais entre os empresários dos setores de impressão e reprodução de gravações (-8,3 pontos), produtos de borracha (-6,6 pontos) e calçados e suas partes (-6,2 pontos). Mesmo com a queda, o ICEI permanece acima dos 50 pontos em todos os setores da indústria, o que indica que eles continuam confiantes. 

Setores mais confiantes

  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos - 65,7 pontos;
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos - 64,7;
  • Produtos de metal - 62,9; 
  • Couros e artefatos de couro - 62,2. 

Setores menos confiantes

  • Produtos de borracha - 56,5 pontos;
  • Produtos de minerais não-metálicos - 57,6;
  • Biocombustíveis - 57,7;
  • Máquinas e equipamentos - 57,8. 

Recorte

Segundo a CNI, o ICEI caiu em todos os portes de empresas do setor industrial, principalmente nas pequenas empresas, em que recuou 3,2 pontos. Nas grandes empresas, caiu 2,2 pontos, ante queda de 2 pontos nas médias empresas. 

O otimismo caiu em todas as regiões do Brasil. O Centro-Oeste registrou a maior queda (-3,2 pontos). Em seguida vêm Sul (- 3 pontos), Norte (- 2,7 pontos), Sudeste (- 2 pontos) e Nordeste (- 1,7 ponto). 

“Todos os empresários ainda mostram confiança. Empresários de todos os setores considerados, de todas as regiões do país consideradas, de todos os portes, pequena, média e grande [empresa]”, ressalta Azevedo. 

Contramão

A passagem entre setembro e outubro não foi negativa para a confiança de todos os setores. Os empresários de seis setores (biocombustíveis, produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, veículos automotores, reboques e carrocerias, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos) ficaram mais otimistas. Confira abaixo:  

  • Biocombustíveis - (+ 2,4 pontos);
  • Produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal - (+ 0,7);
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos - (+ 5,2);
  • Metalurgia - (+ 1,2); 
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias - (+ 2)
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos - (+ 2,9). 

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