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O volume de vendas do comércio varejista goiano cresceu 3,9% em comparação ao mesmo período de 2022. O destaque maior foi registrado no setor de hipermercados e supermercados, com crescimento de 12,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A venda de produtos alimentícios, bebidas e fumo também cresceu, com alta de 11%, seguido por móveis, com 10,7%, outros artigos de uso pessoal e doméstico, (11%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, (4,4%). Outra atividade que também apresentou resultado positivo em setembro foi a área de veículos, motocicletas, partes e peças, que cresceu 13,6%.
Na avaliação do economista Felipe Denki, o resultado positivo do estado está atrelado à queda da inflação.
“Com a queda da inflação, a gente tem observado também a queda dos preços dos produtos e, consequentemente, a gente acaba voltando a consumir como consumia antes da pandemia. Se você observar o preço dos itens da cesta básica como todo, houve uma queda no valor da carne, leite, arroz, feijão, farinha, todos eles houve uma diminuição do preço com a queda da inflação. Então, isso acabou motivando a retomada do consumo e o aumento se comparado ao ano passado”, explica.
Em relação à variação acumulada no ano, o crescimento do comércio varejista em Goiás foi de 0,6% no comparativo com o mesmo período de 2022, seguido por 0,2% de aumento na variação acumulada em 12 meses. Já em comparação ao mês anterior, o comércio goiano cresceu 1,5% com ajuste sazonal.
O economista ainda destaca o impacto do crescimento do volume de vendas para o setor e para a economia do estado. “O maior consumo é maior dinheiro no circulando no mercado e isso ajuda tanto na arrecadação de impostos quanto na geração de riqueza para o estado”, afirma.
Denki completa que para os próximos meses, o cenário se mostra positivo para o setor. “Eu acredito que vai ser melhor do que os últimos anos. Até por conta da queda da taxa básica de juros, a queda da inflação e o otimismo em relação à economia. A tendência é que as pessoas acabem consumindo mais no final desse ano do que nos últimos anos. Então vai ter aquecimento no comércio”, diz.
Conforme o IBGE, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 3,3% frente a setembro de 2022, sendo o quarto avanço seguido. O acumulado no ano chegou a 1,8%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 1,7%. Em setembro, o comércio varejista brasileiro cresceu 0,6% na comparação com o mês anterior, após a variação negativa registrada em agosto, (-0,1%).
No comparativo com setembro de 2022, quatro dos oito setores investigados avançaram: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,8%) e móveis e eletrodomésticos (2,0%).
Os outros quatro setores que recuaram foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-18,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-9,1%); combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,6%).
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