LOC.: Os estoques do Hemocentro Regional de Nova Friburgo estão abaixo do volume necessário. De acordo com a instituição, há necessidade de doações de sangue de todas as tipagens, principalmente do tipo sanguíneo “O negativo”, que está em maior escassez no momento.
Segundo o hemocentro, os baixos níveis de estoques do banco de sangue são atribuídos à pandemia da Covid-19 e, também, à chegada do inverno, época do ano em que normalmente são realizadas menos doações. O diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim, lembra que o sangue é insubstituível para a vida humana. E faz um apelo para que os cidadãos fluminenses e cariocas doem sangue e ajudem a salvar vidas.
TEC./SONORA: Luiz Amorim – diretor do Hemorio
“Essa pandemia causou um impacto muito grande no serviço de hemoterapia do Brasil e do Rio de Janeiro. Os hospitais hoje estão muito cheios não só com pacientes com Covid-19, mas com outras doenças. Além de cirurgias, traumas e acidentes. Então, tudo isso aumenta a necessidade de sangue e faz com que precisemos, como nunca, da solidariedade do povo carioca e fluminense.”
LOC.: O Hemocentro Regional de Nova Friburgo atende, sobretudo, 13 municípios da região serrana do estado. Entre eles, estão Petrópolis, Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. O endereço da unidade é Rua General Osório, número 324, no centro de Nova Friburgo. Mais informações pelo número (22) 2523-9000.
Interessados em doar sangue e medula óssea em outros estados do Rio de Janeiro, podem procurar, além do hemocentro coordenador do estado, na capital carioca, um dos quatro hemocentros regionais instalados em Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes, Vassouras e Niterói. Para mais informações, ligue 0800-2820708.
A analista de planejamento Alessandra da Silva Amaral, 30 anos, mora no bairro Suruí, em Magé, região metropolitana do Rio, e doa sangue regularmente há pouco mais de um ano. Ela vai ao hemocentro a cada três meses para fazer sua doação. Para quem ainda não aderiu ao ato de cidadania, Alessandra deixa um importante recado.
TEC./SONORA: Alessandra da Silva Amaral, analista de planejamento
“É um processo tão simples e tão rápido. Pra gente que vai doar leva só alguns minutos, mas para quem recebe é uma vida inteira pela frente.”
LOC.: Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destaca a importância da doação regular.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
LOC.: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea no Rio de Janeiro, acesse hemorio.rj.gov.br.
Reportagem, Larissa Abreu