LOC: No mês em que o Hemocentro Regional de Colatina completa 18 anos, a instituição convida a população a comemorar o aniversário da entidade doando sangue. Segundo o hemocentro, todos os tipos sanguíneos, incluindo os de fator Rh negativo — considerados mais raros — estão em baixa.
De acordo com José Carlos Tosato, diretor do Hemocentro Regional de Colatina, a unidade registrou queda nas doações durante a pandemia da Covid-19, refletindo tendência verificada na própria Hemorrede do Espírito Santo, que opera com apenas 40% a 45% do estoque de sangue habitual. Ele explica os motivos para a diminuição nas doações e faz um apelo por mais voluntários.
TEC./SONORA: José Carlos Tosato
“Neste momento, ocorreu uma diminuição significativa, seja por conta do inverno ou da safra de café, que é uma atividade econômica muito forte aqui na região. É importante frisar que doar sangue é seguro. Compareçam nas nossas unidades e ajude. O sangue foi feito para circular”.
LOC: O Hemocentro Regional de Colatina, no noroeste do estado, está mais próximo dos municípios de Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Marilândia, Pancas e São Domingos do Norte. Para doar em Colatina, você deve ir ao endereço Rua Cassiano Castelo, sem número. O telefone para contato é o (27) 3717-2810.
Moradores de outras regiões do Espírito Santo que desejam doar sangue podem procurar o hemocentro mais próximo. A unidade coordenadora fica em Vitória. Além de Colatina, São Mateus e Linhares também têm hemocentros regionais. Para mais informações, ligue no (27) 3636-7900.
A maquiadora Emanuele Muqui, de 29 anos, já acumula 32 doações e conta que decidiu doar aos 16 quando viu, na TV, que uma pessoa morreu por falta de sangue.
TEC./SONORA: Emanuele Muqui, doadora ES
“Aquilo mudou minha vida. É importante doar sangue, é sobre amar sem conhecer a pessoa. Devemos dar nossa vida aos nossos irmãos. A gente tenta dar um pouco mais de vida a essas pessoas. Quando você ama as pessoas, você doa”.
LOC.: Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destaca a importância da doação regular.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente, com a nossa união, a vida se completa”.
LOC.: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados, devem esperar o tempo de imunização que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de 3 meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de 2 meses entre as doações. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse saude.es.gov.br.
Reportagem, Gabriela Andrade