Foto: Arquivo/EBC
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Com doações em baixa, Hemocentro de Guarapuava faz apelo por doadores

Segundo a instituição, há necessidade de doações de todos os tipos sanguíneos, principalmente das tipagens “O negativo” e “O positivo”

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O Hemocentro Regional de Guarapuava faz um apelo por novos doadores de sangue. De acordo com a instituição, há necessidade de doações de todos os tipos sanguíneos, principalmente das tipagens “O negativo” e “O positivo”.

O diretor do hemocentro, Fernando José Guiné, explica que a unidade registrou uma queda de 27% no número de coletas com a pandemia. Foram coletadas 7.507 bolsas de sangue em 2019, contra 5.453 em 2020. Neste ano, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o banco de sangue conseguiu registrar mais de 3.500 doações.  

“Então, se fizermos uma projeção, perceberemos que, ao final de 2021, já teremos um número bastante semelhante ao de 2019. Isso quer dizer que, aos poucos, estamos retomando a normalidade do nosso trabalho”, afirma o diretor. 

Guiné lembra que agora, com a pandemia, a demanda transfusional aumentou em todos os estados. Por isso, ele pede para que os cidadãos doem sangue e ajudem a salvar vidas. 

“Eu quero convidar a todos para que reflitam sobre essa tomada de atitude, uma atitude altruísta, uma atitude empática, uma atitude de comprometimento social, que é a doação de sangue. Então, se você ainda não é doador, busque informações; se você não puder ser  doador, incentive outras pessoas que possam”, pede o diretor do hemocentro de Guarapuava.

Exemplo

Nem mesmo a pandemia conseguiu impedir José Odair de Lima, 53 anos, de doar sangue. Ele mora no bairro Vargem Grande, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O militar reservista conta que se tornou doador com 19 anos, em meados da década de 1980.  

“Tudo começou em um passado bem distante quando eu estava no início de carreira na Polícia Militar em que pessoas iam pedir doação para parentes que estavam internados.”

Desde então, ele comparece ao hemocentro todos os anos. Para José Odair, ser doador representa mais do que um gesto de solidariedade. “O maior benefício é meu. A doação de sangue é importante para quem recebe, mas com certeza a satisfação maior é minha. Saber que eu pude contribuir pelo menos um pouquinho por alguém é gratificante.”

O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, reforça a importância da doação regular. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente, com a nossa união, a vida se completa”.

Onde doar sangue no Paraná

Interessados em doar sangue e medula óssea podem procurar, além do hemocentro coordenador do estado, em Curitiba, um dos três hemocentros regionais instalados em Cascavel, Maringá e Londrina.

O hemocentro regional de Guarapuava, centro-sul paranaense, atende, sobretudo, 17 municípios. Entre eles, estão: Campina do Simão, Foz do Jordão, Laranjeiras do Sul, Pinhão e Turvo. O endereço da unidade é Rua Afonso Botelho, número 134, bairro Trianon. O telefone é (42) 3622-2819.

Já a unidade de Cascavel, oeste do estado, fica mais próxima das cidades de Campo Bonito, Diamante do Sul, Ibema, Nova Aurora e Santa Lúcia. O hemocentro está localizado na Rua Avaetés, número 370, Santo Onofre, telefone (45) 3226-4549. 

Quem mora em Marialva, Mandaguari, Paiçandu e Sarandi pode se dirigir até o hemocentro regional de Maringá, no norte do Paraná. O endereço é Avenida Mandacaru, número 1600, e o telefone é o (44) 3011-9194. 

Os moradores dos municípios de Cambé, Ibiporã, Pitangueiras, Rolândia e Tamarana podem comparecer à unidade do Hemepar em Londrina, também na região norte. O polo fica na Rua Claudio Donizeti Cavalliere, número 156, Jardim Aruba. O telefone é o (43) 3371-2218. 

Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades mais próximas de você, veja o mapa abaixo. 

Critérios para doar sangue e medula óssea

De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.

Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse hemepar.saude.pr.gov.br
 

 

 

 

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