LOC.: O Hemocentro Regional de Juiz de Fora registrou uma queda de 18% nas doações, depois da pandemia da Covid-19. A instituição informou que há necessidade de sangue de todas as tipagens, principalmente dos tipos sanguíneos do grupo O, que estão abaixo do nível seguro.
Viviane Guerra, assessora de Captação de Doadores do Hemominas, explica que, além da crise do novo coronavírus, as baixas temperaturas também têm afastado os doadores dos bancos de sangue do estado. Ela pede para que a população faça o gesto de solidariedade e ajude a salvar vidas.
TEC./SONORA: Viviane Guerra, assessora de Captação de Doadores do Hemominas
“O volume doado não faz falta para quem doa e tem o valor da vida para quem recebe. Se você não puder doar, fala com os conhecidos, a famílias, amigos, mas mobilize as pessoas para a doação. Apesar da pandemia e todas as dificuldades, a vida e a doação de sangue precisam continuar.”
LOC.: O hemocentro de Juiz de Fora, na zona da mata, fica próximo de 32 cidades, como, por exemplo, Belmiro Braga, Lima Duarte, Oliveira Fortes, Rochedo de Minas e Santos Dumont. Para doar na unidade, basta ir à Rua Barão de Cataguases, sem número, Bairro Centro. O telefone para contato é o (32) 3257-3100.
Moradores de outras regiões de Minas Gerais que desejam doar sangue podem procurar o hemocentro mais próximo. A unidade coordenadora fica em Belo Horizonte. Além de Juiz de Fora, Governador Valadares, Uberlândia, Montes Claros, Pouso Alegre e Uberaba também têm hemocentros regionais. Para mais informações, ligue no (31) 3768-7450.
O biólogo Vinicius Trindade, de 50 anos, mora na capital mineira e é doador regular há 20 anos. Ele conta que doa sangue quatro vezes ao ano desde os seus 30 anos de idade. Já são mais de 63 doações.
TEC./SONORA: Vinicius Trindade, biólogo
“Eu tenho um compromisso de mobilizar pessoas para doação de sangue. Como eu tenho vários alunos, eu acabo incentivando desde os 16 anos para que se tornem doadores. É comum eles doarem com a autorização dos pais e me mandar fotos e vídeos. E aí, a gente comemora junto!”
LOC.: Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destaca a importância da doação regular.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
LOC.: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea em Minas Gerais, acesse hemominas.mg.gov.br/
Reportagem, Larissa Abreu