LOC.: Os municípios brasileiros não produtores, mas afetados pela atividade de mineração, receberam mais de R$ 47 milhões, em outubro. O valor é referente à Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM, recolhida em setembro de 2024. Os dados são da Agência Nacional de Mineração, a ANM.
Açailândia, no Maranhão, é o município afetado que mais recebe recursos da CFEM. Ao todo, o ente conta com quase R$ 2,9 milhões. A segunda cidade com o maior valor é São Luís, no mesmo estado, que conta com cerca de R$ 2,8 milhões. Marabá, no Pará, aparece em terceiro, com pouco mais de R$ 2,7 milhões.
O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que, pelos termos da Constituição Federal, os recursos minerais pertencem à União, mas os municípios que sofrem os principais impactos causados pela atividade minerária. Por isso, ele considera importante esse tipo de repasse aos entes.
TEC./SONORA: Alexandre Sion, advogado especialista em mineração
“Naturalmente, os municípios que abrigam as estruturas também sofrem diversos impactos decorrentes da atividade, ainda que nesses municípios não ocorra a efetiva exploração do minério. Dessa forma, a distribuição dos valores recolhidos a título de CFEM é relevante para fins de equilíbrio da relação impacto/benefício, e para fins de investimento para uma mineração sustentável e adequada de interesses da coletividade.”
LOC.: A CFEM é cobrada das empresas exploradoras do mercado de minério e distribuída mensalmente, pela ANM, entre os entes da Federação. Do total, 60% é destinado aos municípios produtores; 15% aos estados produtores; 15% aos municípios afetados e 10% à União.
Reportagem, Marquezan Araújo