LOC.: No primeiro trimestre de 2024, o abate de bovinos registrou um aumento de 24,6%, aponta a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Em relação ao quarto trimestre de 2023, se observou um crescimento de 1,6% no abate de bovinos.
O membro da Comissão de Política Econômica do Cofecon Fernando de Aquino afirma que esse foi um crescimento “impressionante”, e aponta fatores que contribuíram para o resultado.
TEC./SONORA: Fernando de Aquino, membro da Comissão de Política Econômica do Cofecon
“Ele é explicado, principalmente, pela questão do ciclo da carne bovina. É um ciclo de vários anos no Brasil, em torno de 8 anos, e nós estamos no auge do do rebanho de carne bovina no país. Então isso leva a um crescimento da oferta de carne bovina, que foi viabilizado por uma demanda consistente em função do momento em que estamos passando, de emprego alto e salário real.”
LOC.: A pesquisa mostra que esse crescimento do abate foi impulsionado por aumentos em 23 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
A pesquisa do IBGE ainda revela que no primeiro trimestre de 2024, houve uma queda de 1,6% no abate de suínos e uma diminuição de 1,2% no abate de frangos, em comparação com o mesmo período de 2023.
O presidente do Conselho Regional de Economia do estado de São Paulo, Pedro Afonso Gomes, afirma que a carne bovina deve continuar apresentando resultados positivos nos próximos meses.
TEC./SONORA: Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia do estado de São Paulo (Corecon-SP)
“Se o Brasil conseguir colocar no mercado estrangeiro essa carne, vai suprir tanto o mercado interno, aqui no país, quanto o mercado internacional que também precisa de boa qualidade de carne.”
LOC.: Gomes ressalta que espera um panorama positivo para os produtores que criam gado bovino, suíno e para os plantéis de frangos.
Reportagem, Nathália Guimarães