Foto: Divulgação/MIDR
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Brasil alinha agenda hídrica da COP30 ao Diálogo de Baku em reunião realizada no MIDR

O encontro integra as articulações preparatórias para a conferência climática que será realizada em Belém no próximo mês

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) sediou, nesta quarta-feira (15), a reunião Amigos do Diálogo de Baku, que reuniu representantes nacionais e internacionais para alinhar a agenda de água da COP30 às diretrizes lançadas pelo Azerbaijão na COP29, por meio do Diálogo de Baku sobre Água para Ação Climática. O encontro integra as articulações preparatórias para a conferência climática que será realizada em Belém, e reforça o protagonismo brasileiro na condução da agenda global de resiliência hídrica. 

O Diálogo de Baku, lançado na COP29 e apoiado formalmente pelo Brasil, é uma plataforma multilateral que conecta as presidências de diferentes COPs para garantir continuidade nas ações climáticas voltadas à água. O encontro desta quarta-feira reuniu representantes de 73 países e entidades não governamentais ligados ao tema. 

O secretário-executivo adjunto do MIDR, Tito Queiroz, destacou que o objetivo foi posicionar a agenda hídrica como eixo estratégico da ação climática brasileira rumo à COP30. “Hoje nós estivemos aqui em uma reunião com vários atores nacionais e internacionais para discutir o Diálogo de Baku na ação climática para a água. A ideia foi trazer a perspectiva do que o Brasil tem planejado para a COP30 na agenda de água”, comentou. 

Segundo Tito, o Brasil quer garantir que a Agenda de Ação da COP30 dialogue com compromissos multilaterais já firmados e com as prioridades da América Latina e do Caribe para a segurança hídrica. “Então, a proposta foi fazer o link entre a perspectiva brasileira para a COP30 e o diálogo de Baku, que foi lançado na COP29 pelo Azerbaijão, um diálogo que tem assinatura de 73 países, além de outras entidades não governamentais”, explicou. 

Visão latino-americana

Além da conexão diplomática entre COP29 e COP30, o MIDR reforçou a necessidade de consolidar a visão latino-americana dentro do processo internacional. “A gente teve representantes da América Latina aqui também debatendo, então a ideia foi juntar a perspectiva do Brasil na COP30, a visão trazida no diálogo de Baku e a perspectiva da América Latina, construindo uma agenda comum”, finalizou Tito. 

A reunião também dialogou com iniciativas regionais já em andamento, como o Roteiro da Água para a América Latina e o Caribe e o Plano de Ação Regional para Restauração de Ecossistemas, que destacam o tema da água como eixo transversal para adaptação climática. 

Nessa perspectiva, o MIDR colabora com as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com iniciativas como a promoção da segurança hídrica.  Diante dessa ampla colaboração com a pauta climática, o MIDR vem contribuindo, especialmente por meio do seu Comitê Permanente de Resiliência Climática, nas discussões na COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O encontro global ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA), reunindo líderes mundiais, representantes de governos, ciência e sociedade civil para debater soluções climáticas — e marcará a primeira vez que a conferência será realizada na Amazônia.

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