Brasil alcança 23.098 antenas 5G distribuídas em 815 municípios
Só no estado de São Paulo, são mais de 6.300 estações de transmissão do sinal da rede móvel
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Quando o assunto é 5G, não se trata apenas de uma atualização tecnológica, mas de mudanças que prometem transformar a forma como a sociedade vive, trabalha e se conecta. Mas como está a implementação da nova rede móvel no Brasil? Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – órgão vinculado ao Ministério das Comunicações – destacam 23.098 antenas instaladas no país. Ao todo, 815 municípios estão transmitindo o sinal. São Paulo é a localidade com o maior número de estações: 6.363.
Na opinião do advogado especialista em direito digital Mario Paiva, é preciso reconhecer que a chegada da rede 5G representa um marco significativo no cenário da comunicação.
“A tecnologia 5G é uma revolução. Ela chegou, ela está autorizada, e o dinamismo dela deve ser implementado o mais rápido possível em todas as regiões, porque isso traz prosperidade para a economia, traz avanço para todo o Brasil. Então deve ser uma das metas mais importantes do governo, das empresas, dos profissionais para se adequarem o máximo possível”, salienta.
Mas ainda assim, Paiva ressalta a necessidade de instalação de um número maior de antenas, principalmente, em localidades de difícil acesso.
“Em alguns lugares, a gente não consegue fazer transmissão de dados porque o sinal é ruim, porque a velocidade é ruim e aí você não consegue inclusive desenvolver as atividades. Então nós estamos falando aqui que sinais ainda estão ruins, porque são poucas antenas em determinadas áreas”, aponta.
Avanços
Conforme o Ministério das Comunicações, a cada mês aumenta a cobertura do sinal com acompanhamento da Anatel. Seguindo o cronograma estipulado pelo Edital do 5G – que fixou as regras da licitação estabelecendo compromissos para que todas as cidades do país tenham sinal em plenitude até final de 2029 – mais 506 municípios brasileiros tiveram o sinal de internet liberado para todas as operadoras prestadoras que adquiriram os lotes na faixa de 3,5 GHz.
Com essa liberação, já são 4.808 municípios com o sinal disponível para utilização por estações do 5G standalone – em sua maior potencialidade – o que corresponde a pouco mais de 92% da população do Brasil.
Para o Frank Ned Santa Cruz, advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB), as pessoas podem até comemorar a chegada da nova tecnologia, mas a transmissão precisa acontecer de forma igualitária para todo o Brasil. Ele entende que a sociedade só vai perceber e sentir as transformações da nova rede móvel se o sinal for satisfatório para todos.
“Mesmo nas localidades onde o 5G já está disponível, existe ainda um elevado grau de indisponibilidade da rede. Lógico que são questões que com o tempo serão resolvidas, mas isso gera uma percepção de ineficiência e insatisfação do usuário”, pontua.
Acessibilidade para todos
Ao avaliar o cenário, o advogado especialista em direito digital Mario Paiva acredita que a chegada do 5G é uma revolução que deve ser implementada o mais rápido possível em todas as regiões para levar esses avanços para toda a sociedade.
“Se você tem que mandar um documento em um minuto, na 5G você vai mandar em segundos. E isso vai economizar tempo, luz, energia, gasto, hora extra do empregado. Então, a velocidade traz uma série de economias. E uma das principais é a transmissão de dados, que a transmissão de dados é infinitamente maior. A quantidade de dados e o tempo que esses dados vão ser transportados”, destaca.
De acordo com a Anatel, atualmente todas as cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes têm pelo menos uma operadora que oferece o sinal. Segundo o superintendente de outorgas da agência Vinicius Caram, existe a expectativa de que todos os municípios estejam cobertos com a nova rede móvel até a última fase. No entanto, ele acredita que é preciso mais esforços para que isso aconteça.
“Temos desafios para que as cidades, todas as cidades, não só as 600, sejam contempladas e adensadas para ter 100% de cobertura, mas para que as operadoras possam ativar e manter esse ritmo de ativação de investimentos no país para ter retornos e que os 5.570 municípios venham a ter essa tecnologia o quanto antes”, salienta.