LOC.: Escasso, raro, valioso. Características atribuídas ao metal mais valorizado do mundo — o ouro. Mas são adjetivos que também podem ser atribuídos à moeda digital mais antiga do mercado — o Bitcoin — cujo apelido traz a referência: “ouro digital”. Fato é que ambos são usados como referência mundial de negociação, um há milênios, outro ainda dando seus primeiros passos.
Em seu canal numa plataforma de vídeos da internet, o especialista de investimentos Bernardo Pascowitch, do Banco Inter, explica o que faz do Bitcoin tão raro.
TEC/SONORA: Bernardo Pascowitch, especialista de investimentos
“Assim como o ouro, o Bitcoin também é limitado em quantidade — 21 milhões de unidades de Bitcoin. E ambos são buscados como uma proteção contra a inflação e contra a perda de valor do dinheiro. Uma das razões para essa comparação é que o Bitcoin, assim como o ouro, é visto como uma reserva de valor”
LOC.: Por outro lado, os comerciantes do metal ponderam. Maurício Gaioti é especialista em comércio do ouro e afirma que “as coisas se provam com o tempo”. O especialista também acredita na valorização do ativo e na segurança que ele oferece, mas nada que se compare ao metal.
TEC/SONORA: Maurício Gaioti especialista em comércio do ouro
“Apesar de sim, achar que ele tem um formato bem aceito, não vejo no mesmo nível de segurança. Em crises, em guerras, situações mais profundas, o que a gente vê é o Bitcoin despencando. Diferente do ouro, que sobe nestes momentos.”
LOC.: Dado o cenário internacional, as políticas norte-americanas de apoio à cripto — conforme ventilado pelo novo presidente dos Estados Unidos Donald Trump — Gaioti acredita que, a médio prazo, nos próximos dez anos, a tendência é sim, de valorização do Bitcoin.
Em novembro de 2024, durante as eleições de Donald Trump, o Bitcoin era cotado em torno de U$ 68 mil. Após a vitória do democrata, bateu os U$ 105 mil. Desde então, ela vem oscilando entre U$ 90 mil e U$ 109 mil. Até o fechamento desta edição, o valor de um Bitcoin era de U$ 100 mil.
Reportagem Livia Braz