Data de publicação: 22 de Dezembro de 2023, 22:40h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:26h
Em novembro, a variação do volume de exportações brasileiras, na comparação mensal, foi de 4,7%, enquanto o de importações apresentou uma queda de 3,2%. Em relação ao mês de novembro, a comparação interanual revela uma redução de 4,2% nos preços das exportações e de 8,3% nos preços das importações. As informações são da balança comercial de novembro deste ano.
Segundo as informações, ao longo do ano a variação mensal dos preços apresentou uma tendência negativa, exceto em janeiro e março, tanto para as exportações quanto para as importações.
O economista Cesar Bergo explica que é possível observar um aumento principalmente na exportação de commodities, mercadorias de origem agrícola, pecuária, mineral ou ambiental.
“Embora os números, em termos de volume, bateram recordes, o preço das commodities caíram no mercado internacional. A nossa pauta é predominantemente de commodities. Temos outras exportações, lógico. Mas soja, petróleo e minério de ferro comandam a pauta de exportações brasileiras, deixando, às vezes, o café para trás”, pontua o economista.
Os dados apontam que houve um aumento de 21,2% no volume das exportações relacionadas a commodities, na comparação interanual no mês de novembro, enquanto as exportações de não commodities diminuíram 5,8%. Em relação aos preços, os valores das commodities apresentaram uma queda acumulada de 9,5% durante o ano, enquanto os preços das não commodities aumentaram 0,5%.
No mês de novembro, a indústria agropecuária registrou o maior volume exportado, com um aumento de 51,9% em relação ao mesmo período de 2022. Especificamente, as exportações do complexo soja aumentaram 60,4% nesse período.
Bergo destaca que em relação às importações, houve uma queda relativa em função do preço, porque houve uma apreciação do real. Ele explica que, por isso, são gastos menos dólares para fazer as compras.
Outros setores
O economista ainda aponta o aumento dos bens duráveis, que acabam colaborando para melhoria dos eletrônicos das casas dos consumidores.
“O Brasil vem mantendo essa margem da Balança Comercial, muito importante, inclusive, para a formação de reservas internacionais E para que o país possa ter um equilíbrio nas contas internacionais, é fundamental, e sobretudo internamente, esses setores exportadores demostrando muita força e ajudando muito a economia”, pontua.
No aumento do volume das exportações em novembro, na comparação do acumulado do ano, os bens semiduráveis apresentaram um crescimento de 18,1%, seguidos pelos bens duráveis (16,6%). Em seguida, estão os bens de capital (10,8%), seguidos pelos bens não duráveis (8%), e pelos bens intermediários (3,6%).
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