Data de publicação: 09 de Dezembro de 2022, 11:00h, atualizado em 09 de Dezembro de 2022, 18:29h
LOC.: O governo federal arrecadou 205 bilhões e 400 milhões de reais em outubro, um aumento de quase 8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados, divulgados pela Receita Federal, mostram ainda que a arrecadação foi de pouco menos de dois trilhões de reais, no período acumulado de janeiro a outubro de 2022. De acordo com a Receita, trata-se do melhor desempenho desde 2000.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou a atuação da administração tributária diante do cenário econômico adverso apresentado no período pós-pandemia.
TEC./SONORA: Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal
“Grande parte do desempenho da arrecadação também é explicado pelo desempenho das atividades da administração tributária, que inovou e introduziu novos mecanismos de cobrança e de arrecadação, facilitando para os contribuintes o adimplemento de suas obrigações tributárias e acompanhando de perto aqueles casos de evasão tributária, fraudes tributárias, que isso contribui para erosão da base de arrecadação."
LOC.: Para o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), o resultado é reflexo das políticas econômicas adotadas no governo de Jair Bolsonaro. O parlamentar classifica os números da arrecadação federal como “muito positivos”.
TEC./SONORA: Domingos Sávio (PL-MG), deputado federal
“Mais do que não ter aumentado impostos, reduzindo impostos, o Brasil bate recorde de arrecadação. Fecha outubro com números que só foram vistos em termos proporcionais lá no ano 2000. Portanto, o Brasil arrecada, cresce, diminui a inflação, gera emprego e, curiosamente, o presidente perdeu a eleição.”
LOC.: Apesar dos bons resultados de 2022, o economista Murilo Viana prevê uma diminuição dos efeitos positivos para a economia no próximo ano, com uma reversão do superávit primário, que, segundo ele, deve aparecer este ano.
TEC./SONORA: Murilo Viana, economista e consultor sênior da GO Associados
“Uma observação importante é que o bom momento da arrecadação federal que se associa também com algum grau de contenção de despesas decorrente do teto de gastos, eles têm levado uma melhora a mais do que a prevista inicialmente do resultado fiscal. Para 2023, a expectativa é de uma desaceleração da arrecadação federal e ao mesmo tempo casa perigosamente com a possibilidade de expansão mais significativa dos gastos.”
LOC.: De janeiro a outubro de 2022, o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido arrecadaram quase 428 bilhões de reais, com crescimento real de 19 e meio por cento. Já a Receita Previdenciária arrecadou mais de 440 bilhões de reais, com acréscimo real de 6%.
Reportagem, Fernando Alves