Data de publicação: 20 de Fevereiro de 2020, 17:50h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
Para combater o mosquito da dengue, em Aracaju, os agentes de saúde adotaram uma nova estratégia: fazem visitas às residências no período noturno. A ação começou em julho do ano passado para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti nas casas dos moradores que trabalham nos períodos da manhã e tarde. Agora, parte das vistorias são feitas das sete às dez da noite.
O coordenador do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jeferson Joaquim Santana, relata que a população foi “resistente” ao método no início. E foi graças à uma mudança no itinerário dos profissionais de endemias que as vistas noturnas ‘pegaram’.
“Colocamos para fazer campanha no bairro os agentes que já trabalham no mesmo bairro anteriormente. Assim, os vizinhos acabam conhecendo e deixam entrar. Em algumas áreas de condomínio, vamos anteriormente e conversamos com o síndico, deixamos um aviso que, em uma determinada data, naquele horário, um agente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde vai visitar.”
Santana explica que é “fácil” identificar os agentes de saúde: eles usam o uniforme da prefeitura, com calça azul e uma camisa branca com a logo da prefeitura. Em caso de dúvida, o cidadão pode ligar na ouvidoria municipal para confirmar se aquela pessoa realmente é um agente de saúde. Na mesma ligação, é possível agendar nova visita.
Além do trabalho dos agentes de endemias, as autoridades de saúde reforçam o papel dos moradores no combate a focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A recomendação do Ministério da Saúde é de que essa limpeza dentro de casa seja semanal.
Tudo para evitar novos casos das três doenças. Em janeiro deste ano, Aracaju já registrou 44 casos suspeitos de dengue – um leve aumento quando em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 37 casos.

Os bairros que apresentam maiores índices de infestação do aedes, segundo a Santana, são os da Zona Norte, como Japãozinho, Cidade Nova, Santo Antônio e Cidade Industrial. Como o fornecimento de água nessas regiões ainda é deficitário, é comum que os moradores guardem o recurso em baldes e tonéis. Por isso, o coordenador pede “cuidado no armazenamento”.
“Tem que manter os depósitos bem limpos e tampados corretamente, evitando furos, evitando alguma ‘brechinha’ para que o mosquito não tenha espaço para desenvolver e colocar os seus ovos ali.”
A orientação é trocar a água totalmente e lavar os reservatórios pelo menos uma vez por semana.

De acordo com o Ministério da Saúde, Sergipe corre o risco de passar por um surto de dengue em 2020. Isso porque o sorotipo 2 do vírus voltou a circular com força em 11 estados do país. Esse tipo do vírus coloca em risco inclusive quem já teve outros tipos de dengue.
Outra preocupação é com o período chuvoso, que, combinado com o clima quente, contribui para a proliferação do Aedes.
Você já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.