LOC.: Com as baixas temperaturas, as doações no Hemocentro de Londrina caíram. De acordo com a instituição, os estoques do banco de sangue estão em baixa e há necessidade de todas as tipagens, principalmente dos tipos sanguíneos do grupo O, que é considerado doador universal.
Segundo o diretor do hemocentro regional, Fausto Trigo, a unidade registrou uma queda de 10% nas doações com a pandemia. Ele lembra que uma única doação pode salvar até quatro pessoas. E faz um apelo para que a população faça o gesto de solidariedade.
TEC./SONORA: Fausto Trigo - diretor do hemocentro de Londrina
“Gostaria de pedir que a população possa doar cada vez mais. É muito importante que cada pessoa que vá doar incentive seus amigos e parentes mais próximos a também fazerem a doação e aumentando essa corrente do bem!”
LOC.: O Hemocentro de Londrina, norte do Paraná, atende diretamente os municípios de Cambé, Ibiporã, Pitangueiras, Rolândia e Tamarana. A unidade fica na Rua Claudio Donizeti Cavalliere, número 156, Jardim Aruba. O telefone é o (43) 3371-2218.
Interessados em doar sangue e medula óssea podem procurar, além do hemocentro coordenador do estado, em Curitiba, um dos quatro hemocentros regionais instalados em Londrina, Cascavel, Maringá e Guarapuava. Para mais informações, ligue 0800 645 4555.
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, alguns paranaenses não deixaram de fazer regularmente a sua doação de sangue. É o caso de Luis Fernando Copas, de 57 anos, que mora no bairro Alto, em Curitiba. O empresário doa sangue quatro vezes ao ano desde os anos 2000. Em 2012, também se tornou doador regular de plaquetas e realiza o gesto de solidariedade, em média, 24 vezes ao ano.
TEC./SONORA: Luis Fernando Copas,empresário
“A gente tem que pensar no bem do próximo. Quando vou doar minhas plaquetas, fico no Hemepar cerca de duas horas. Já quem vai doar sangue fica por lá, em média, 30 minutos. Pouco tempo, né? Imagina esse tempo para quem está recebendo essa doação. Está ganhando tempo de vida!”
LOC.: Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destaca a importância da doação regular.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
LOC.: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea no Paraná, acesse hemepar.pr.gov.br.
Reportagem, Larissa Abreu.