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Após sete anos, produção mundial de arroz sofre recuo significativo

Produção 2022/23 recua para 503 milhões de toneladas. E o consumo do grão ultrapassa esse número, chegando a 516,1 milhões de toneladas


Após sete anos de alta, a produção mundial do arroz sofre o primeiro declínio na safra de 2022/23. A estimativa é que a produção terá um recuo de 503 milhões de toneladas. O resultado se dá pelo fato de que 90% da produção global do grão é exportada pelo continente asiático, principalmente pela China e pela Índia, países que tiveram problemas na safra por questões climáticas, como temporadas de secas e períodos de inundações. O quadro resultou em uma queda na produção desses países. 

Nos países do continente americano a situação foi a mesma, porém com um fator a mais: os custos de produção, ocasionados pela alta dos fertilizantes e outros recursos, comprimiram as margens dos produtores de arroz, principalmente do Brasil --o maior produtor da américa latina. 

O economista Guidi Nunes explica quais foram os principais fatores que levaram a esse recuo, que fez a produção do arroz diminuir ainda mais. 

“Da parte dos produtores de arroz, alguns dados mostram que eles conseguiram se organizar para evitar os excessos na oferta do grão. Além disso, os estoques reguladores caíram desde 2019. No caso do Brasil, a CONAB não fez e agora ficou de voltar. E os fenômenos climáticos, como chuvas de monções, irregulares prejudicaram a produção na Índia. Enquanto que na China o problema foi com a seca. Paquistão, com inundações”, destacou

Algumas quedas de produção são significativas, como a dos Estados Unidos. O país sofrerá recuo de 16%, registrando o menor volume em 28 anos.

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LOC.: A produção mundial de arroz recua para 503 milhões de toneladas na safra 2022/23. Trata-se do primeiro declínio em sete anos na produção do grão. O economista Guidi Nunes, explica os fatores que levaram a esse resultado.  

TEC./SONORA: Guide Nunes, economista

"Da parte dos produtores de arroz, alguns dados mostram que eles conseguiram se organizar para evitar os excessos na oferta do grão. Além disso, os estoques reguladores caíram desde 2019. No caso do Brasil a CONAB não fez e agora ficou de voltar e os fenômenos climáticos como chuvas de monções irregulares prejudicaram a produção na Índia. Enquanto que na China o problema foi com a seca. Paquistão com inundações. Á Ásia e África foram e são os continentes com mais problemas, e aqui no Brasil a seca prejudicou a produção no RS, além disso o aumento no preço agrava a situação diante de mais de 700 milhões de pessoas no mundo com desnutrição crônica, segundo a FAO, então é um quadro que exige uma política que exige dos governos nacionais uma política que chamamos de segurança alimentar, isso é central para evitar desequilíbrio do consumo da parte da população, porque a população de maior renda te como substituir o arroz enquanto carboidratos, mas a população de menor renda no mundo inteiro fica sem alternativa."


LOC.: Algumas quedas de produção são significativas, como a dos Estados Unidos. O país sofrerá recuo de 16%, registrando o menor volume em 28 anos.

Reportagem, Daniela Gomes