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Uma economia ao setor agrícola de US$ 1 bilhão já no primeiro ano. Essa é a expectativa da primeira ação do Plano Nacional de Fertilizantes, criado para mitigar a falta do insumo em todo o mundo, assegurar a próxima safra e alcançar a boa produtividade com tecnologia e soluções nacionais. Trata-se da Caravana Embrapa FertBrasil, que vai rodar diversas regiões do país para trabalhar junto às entidades representativas dos produtores rurais. Segundo Jefferson Costa, pesquisador da Embrapa e coordenador estratégico da FertBrasil, serão apresentadas soluções e tecnologias para maximizar a utilização dos fertilizantes, evitar o desperdício e baixar o preço da produção.
“Se você usar as tecnologias que a Embrapa está levando na Caravana, nossa expectativa, se todas as tecnologias forem utilizadas, com os estudos econômicos que fizemos, pode levar a uma economia de US$ 1 bilhão no primeiro ano de uso. Para se ter ideia da dimensão da economia que isso pode alcançar.”
A Caravana já passou por Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, e trabalha o assunto atualmente em Minas Gerais, até o dia 30 de junho. Após isso, os especialistas seguem para outros 17 estados e o Distrito Federal. A equipe, formada por, pelo menos, cinco palestrantes e três pesquisadores da Embrapa, vai visitar ao todo 48 polos agrícolas, o que corresponde a 70 milhões de hectares, abrangendo os 230 municípios maiores produtores de grãos e perenes no Brasil.
O deputado federal Vermelho (PL-PR) lembra que o preço do fertilizante importado triplicou nos últimos meses por conta da escassez mundial e que o produtor brasileiro fica refém dessa dependência de importação, já que mais de 85% dos insumos utilizados por nossa agricultura chegam de países estrangeiros. O parlamentar acredita que a ação da Embrapa é fundamental para achar soluções caseiras e diminuir essa dependência.
“A Embrapa é o aporte do agro, é ela quem desenvolve a semente, a tecnologia, o agrotóxico, o fertilizante. Nós estamos nas mãos dos países de fora, Russa, Ucrânia, etc. Temos jazidas escondidas no nosso subsolo que dá para transformar. A Embrapa é preponderante. Só dar atividade, dar condições para que eles possam desenvolver a substituição, talvez, de algum produto químico, para que a gente possa continuar produzindo sem depender dessa cadeia internacional”, ressalta Vermelho.
De acordo com a Embrapa, a demanda por fertilizantes no Brasil cresceu cerca de 300% nos últimos 20 anos, enquanto nossa produção do insumo, no mesmo período, caiu 30%. Jefferson Costa explica que o Plano Nacional de Fertilizantes procura reverter isso e um dos primeiros passos, incluso no trabalho da Caravana, é potencializar o uso de fertilizantes nacionais em substituição aos importados.
“Sobre o uso desses fertilizantes agrominerais, coprodutos de resíduos com potencial agrícola, remineralizadores, nanotecnologia, essas tecnologias novas podem acelerar esse processo, porque você torna o produtor mais eficiente no uso de fertilizantes e diminui a dependência do fertilizante importado”, destaca o pesquisador. “Porque esses são produtos nacionais, são produtos que estão aí no mercado e precisam ser testados. Hoje, esses produtos compõem apenas cerca de 5% do uso nacional de fertilizantes e nossa expectativa, nos próximos dois, três, quatro anos é já chegar a 40% da inserção desses produtos no mercado, o que diminuiria a necessidade de importação, essa dependência tão forte que a gente tem hoje.”
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Jefferson explica que o conteúdo transmitido pela Caravana foi discutido pelos 40 melhores especialistas da área, para reunir todo o conhecimento da Embrapa a respeito e modular tudo em cinco pilares. O objetivo é dialogar com o setor produtivo, levar informações e novidades aos produtores e mapear as demandas de cada macrorregião, de cada polo agrícola que está sendo visitado.
Uma das novidades tecnológicas apresentadas pela Embrapa aos produtores é a análise biológica do solo, lançada recentemente e já desempenhada por dezenas de laboratórios em todo o país. O objetivo é fazer uma análise enzimática, onde mede-se a vida biológica do solo. Essa análise consegue explicar porque muitas vezes o produtor coloca mais adubo e a planta não responde. Segundo Jefferson, essa nova tecnologia evita desperdícios e maximiza a produção, principalmente neste momento de crise.
“O solo é vivo, e essa leitura da vida biológica do solo é um novo tipo de análise que explica, inclusive, se você deve continuar aplicando fertilizantes ou não. Às vezes, você vai colocar fertilizantes e não precisa, a planta não vai mais responder. E essa análise biológica do solo que a Embrapa lançou agora permite te dizer que está na hora de fazer um outro tipo de manejo, mexer no seu solo. Porque colocar adubo do jeito que se está colocando, é gastar dinheiro à toa. Ou seja, numa época de crise como essa, com o fertilizante com preço nas alturas, é uma tecnologia excelente para uso”, destaca o pesquisador da Embrapa.
Como o Plano Nacional de Fertilizantes é um trabalho a longo prazo, com a intenção de diminuir a dependência de importações de 85% para 45% até 2050, a ideia da FertBrasil é fazer com que os produtores comecem a caminhar, já nesta safra, para novas ideias e tecnologias. Depois de Minas Gerais, a Caravana ainda passa por Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Santa Catarina, Acre, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Tocantins, Piauí, Maranhão, Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Roraima e Amapá.
Confira os cinco temas abordados pela Caravana:
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