Foto: Arquivo/Agência Brasil
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Acessibilidade do ensino técnico pode contribuir para o desenvolvimento profissional

Para especialista, combinação de teoria e prática prepara estudantes para desenvolvimento de novas habilidades

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O ensino técnico pode exercer papel de destaque no desenvolvimento de interesses e habilidades profissionais e, consequentemente, impactar na qualidade dos novos trabalhadores inseridos no mercado. O número de matrículas nessa modalidade de ensino cresceu 17% em sete anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Educação de 2021.  

Para a psicóloga com atuação na área de orientação profissional, Lorena Alencar, a acessibilidade dos cursos técnicos é um diferencial. “Os cursos profissionalizantes custam menos que as graduações tradicionais. Essa acessibilidade contribui para o interesse de grande parte da população. Com eles, o jovem ou o adulto consegue desenvolver novas habilidades e conhecimentos”, opina.

Lorena explica ainda que o estilo dessa modalidade de ensino é voltado ao preparo dos estudantes para o mercado. “[Os cursos técnicos] combinam teoria e prática e preparam o estudante para atuar em um campo específico e, em consequência disso, se sente muito mais seguro para se posicionar profissionalmente no mercado de trabalho”, conclui. 

Em um cenário em que as constantes inovações tecnológicas exigem profissionais mais capacitados para trabalhar em um setor produtivo competitivo, a psicóloga avalia que se destacar com repertório de competências tornou-se mecanismo de sobrevivência dos trabalhadores. Para ela, a busca por desenvolvimento profissional por meio de ações educacionais, independentemente de já estar empregado, é pré-requisito para permanência nas empresas.

Ensino em unidades móveis

Nessa linha do ensino técnico, o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI) oferece educação em escolas itinerantes. São mais de 400 unidades móveis do SENAI que vão às instalações de empresas industriais que contratam os cursos e também a comunidades em pontos remotos do país. 

Segundo o SENAI, os cursos oferecidos são, prioritariamente, de curta duração, de 40 a 160 horas, para áreas como panificação, confecção, soldagem, usinagem, automação, mineração, construção civil e nanotecnologia. Atualmente, há oportunidades em dez estados: Amazonas, Maranhão, Tocantins, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

“As unidades móveis do SENAI funcionam como verdadeiras escolas, com salas de aula e laboratórios para oferta de cursos de curta e média duração. Geralmente, ficam em determinado período em municípios onde não temos unidades fixas para atendimento às demandas do mercado local”, explica Mateus Simões de Freitas, gerente de Educação Profissional e Superior do SENAI. 

São oferecidos cursos de iniciação, qualificação, aperfeiçoamento e especialização profissional. Veja aqui mais informações sobre as unidades móveis. 

Aplicativo auxilia na escolha de cursos

No primeiro semestre deste ano, o Ministério da Educação lançou o SouTec, ferramenta para auxiliar estudantes e demais cidadãos na escolha de cursos técnicos, voltados ao ensino tecnológico e profissional. De acordo com a pasta, desde o lançamento, já foram mais de 200 mil downloads. 

O SouTec é composto por 72 questões que avaliam as preferências do aluno. Após todas as questões respondidas, o estudante terá acesso a um resumo e um relatório completo sobre o seu perfil profissional. O programa também disponibiliza, a partir das respostas dos alunos, roteiros de estudo e indica cursos técnicos para que possam se preparar para a vida profissional.

A internet é necessária apenas para o download do programa. Para utilizar o aplicativo, não é preciso conexão. O estudante consegue responder às perguntas e ter acesso ao relatório mesmo estando offline. 

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