LOC.: Mato Grosso do Sul registrou a abertura de 841 novas empresas em outubro. O número mostra aumento de 16,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, são cerca de 8.600 empresas, das quais mais de 6.200 são do setor de serviços, cerca de 2.100 do comércio e 328 na indústria. Os dados foram divulgados pela Junta Comercial de Mato Grosso do Sul.
Em relação aos municípios, Campo Grande teve o maior número de novas aberturas de empresas, com 375 estabelecimentos, seguida por Dourados, com 98, e Três Lagoas, com 27.
O economista Rodrigo Simões aponta os principais fatores que podem ter influenciado no aumento da abertura de empresas no estado.
TEC./SONORA: Rodrigo Simões, economista e professora da Faculdade de Economia
“O que pode ter contribuído, certamente, é a expansão dessas pequenas cidades. O destaque fica para Três Lagoas e Dourados, que possuem entre 150 mil e 200 mil habitantes e que estão em plena expansão, devido a modalidade do home office devido aos profissionais que buscam por mais equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida."
LOC.: Segundo o economista, a urbanização e a construção de moradias, por exemplo, acabam atraindo novos moradores e consequentemente puxam a economia local, atraindo também empreendedores desde pequenos comércio até empresas grandes.
TEC./SONORA: Rodrigo Simões, economista e professora da Faculdade de Economia
“[Isso acontece] pois existe uma demanda não atendida, devido às expansões urbanísticas nestas cidades, e muitas vezes em cidades menores tem um outro benefício para as empresas, que é o imposto municipal ser mais atrativo do que nas grandes metrópoles.”
LOC.: De acordo com Rodrigo Simões, a expectativa para os próximos meses de 2023 e início de 2024 é de um aumento no número de formalização e abertura de empresas.
Ele explica que início e final de ano são períodos em que empresas se mostram com mais condições de arcar com os valores da formalização, pois é um processo que envolve gastos com documentação, taxas, licenças e honorários de profissionais contábeis.
Reportagem, Nathália Guimarães