LOC.: Estão abertas até o próximo dia 18 de agosto as inscrições para mais quatro ciclos do Programa Mais Médicos. Três dos editais abertos pelo Ministério da Saúde são para médicos que queiram atender públicos específicos como: saúde indígena, prisional e em consultórios de rua.
Segundo o Ministério da Saúde, para aderir ao Mais Médicos os gestores de cada município precisam acessar o eGestor — um sistema usado para uma série de políticas de atenção primária, como explica o Secretário Adjunto da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço.
“Quando o Secretário de Saúde, o coordenador de atenção básica entra nesse sistema, ela vai poder clicar num campo que é de adesão às iniciativas do Programa Mais Médicos. Os gestores precisam ingressar nesse sistema a manifestar o interesse nessas vagas.”
LOC.: Podem se inscrever no Programa os médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no país — e que tenham registro no Conselho Regional de Medicina. Além disso, médicos brasileiros com habilitação para exercício da medicina no exterior e médicos estrangeiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior. Todos os perfis podem se inscrever de forma simultânea, mas vale ressaltar que médicos brasileiros têm prioridade na seleção.
As inscrições vão até 18 de agosto e devem ser feitas pelo site maismedicos.gov.br.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o país tem, hoje, 2,3 médicos a cada 1000 habitantes. A meta é aumentar esse índice até 2026, como explica o secretário.
“Quando avaliamos esse dado sabemos que é uma média menor que os países da OCDE, que reúne uma série de países europeus, uma série de países que têm investido em sistemas públicos de saúde e sabemos também que é uma meta menor do que foi planejado dentro do Programa Mais Médicos que é chegar em, 2026 com 2,6 médicos a cada mil habitantes.”
LOC.: Há 8 anos atuando na Procuradoria Judicial de Saúde do Maranhão, o procurador Carlos Henrique Falcão de Lima conta que a falta de profissionais de saúde, sobretudo nas cidades de pequeno porte do interior do estado, é um problema antigo e de difícil solução.
“A gente tem vários municípios, os mais pobres, mais carentes, que infelizmente não tem uma saúde adequada. Esses pacientes vão atrás de hospitais regionais, que não conseguem absorver toda essa demanda dos municípios pequenos e há uma procura imensa de pessoas que vêm do interior para buscar tratamento de saúde e medicamentos na capital.”
LOC.: No edital do primeiro semestre, aberto para reposição de médicos no programa Saúde da Família, foram oferecidas seis mil vagas e mais de 34 mil médicos se inscreveram no Programa. A meta é chegar até o fim deste ano com mais de 28 mil médicos participantes e mais de 96 milhões de brasileiros sendo cobertos pelo programa.
Reportagem, Livia Braz