Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

5G: Preciso trocar meu aparelho? Consumidores têm dúvidas sobre a nova tecnologia

Algumas capitais já têm a tecnologia em fase de testes, mas para usá-la é preciso trocar seu celular


A promessa do 5G é oferecer ao usuário uma navegação na internet ultrarrápida. Com ela, os problemas de delay nas ligações de vídeo, por exemplo, não ocorrerão. Algumas capitais já operam com o 5G a partir de modelos tecnológicos preliminares para testes.  É o caso de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O engenheiro de telecomunicações Cesar Nunes já possui um aparelho e navega com a velocidade 5G. O engenheiro é consultor de otimização de rede móvel da Operadora Oi. “A diferença na velocidade é expressiva”. 

Para navegar nessa frequência será necessário trocar o celular, uma vez que os aparelhos de recepção de redes móveis não estão adaptados às faixas disponíveis para o 5G. Nunes recomenda que a troca seja feita com cautela e que o consumidor se certifique se o novo equipamento é homologado pela Anatel. “Nós licitamos algumas faixas de frequência específicas aqui do Brasil. Pode ser que você compre um aparelho de fora e esse não tenha essa faixa do Brasil, então pode ser que não funcione”, explica o engenheiro. 

Atualmente, existem cerca de 30 modelos de celulares no Brasil que já estão aptos para receber o sinal 5G. Os preços variam, em média, entre R$ 1,7 mil e R$ 10 mil. O analista político Lucas Machado, apesar de ser muito antenado nas novidades tecnológicas, planejou trocar o celular apenas em meados de 2022. “O meu aparelho atual só recebe até o sinal 4G. Então, vou esperar o lançamento de mais aparelhos que devem vir com o preço mais acessível”, aposta. 

O leilão das quatro faixas do 5G ocorreu na primeira semana de novembro. Entre as obrigações das empresas telefônicas está a implantação de estações de transmissão. Na primeira fase, até julho de 2022, todas as capitais já devem ter a tecnologia. Até julho de 2030, 100% do território nacional deve estar coberto pelo sinal 5G.

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LOC.: Fazer videochamadas caiu no gosto popular durante a pandemia, seja para falar com a família, amigos ou mesmo trabalhar. Se por um lado, a tecnologia facilitou, por outro, os constantes travamentos dos vídeos aborreceram muita gente. Mas esse problema parece estar com os dias contados. A tão falada tecnologia 5G promete acabar com esse tipo de situação. Isso porque vai diminuir em cerca de 100 vezes o tempo de resposta nas transmissões via internet. Mas para ter os benefícios da internet 5G será preciso trocar o aparelho celular. Isso porque a maior parte dos modelos atuais ainda não está adaptado para receber o sinal das frequências do 5G.   Se você já pensa em atualizar o seu celular, o engenheiro de telecomunicações e consultor de otimização de rede móvel da operadora Oi, Cesar Nunes, dá a dica de só comprar aparelhos com a homologação da Anatel. 

LOC.: Hoje já existem no Brasil cerca de 30 modelos que se adaptam à nova tecnologia. O mais barato está em torno de R$ 1700; o mais caro, custa cerca de R$ 10 mil. O preço é um dos fatores que fará com que o analista político Lucas Machado adie a compra para 2022. 

TEC. SONORA: Lucas Machado, analista político 

“Provavelmente, no ano que vem devo trocar meu celular, porque o meu é só 4G. Então eu vou esperar o lançamento de outros celulares que os atuais que têm 5G ainda estão muito caros. No ano que vem devem surgir mais aparelhos e com o preço mais acessível.”


LOC.: Os leilões das faixas de 5G no Brasil ocorreram na primeira semana de novembro. A tecnologia começa a ser implementada de forma ampla no Brasil em 2022 e a expectativa é que até 2029 t odo o país tenha acesso à internet rápida. Essa é uma das contrapartidas assumidas pelas telefônicas que vão explorar o espaço destinado para o 5G. 

Reportagem, Angélica Cordova.