Foto: Arquivo/Agência Cora Coralina de Notícias-GO
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52 municípios goianos terão assistência especializada em telemedicina

A seleção dos municípios escolhidos pelo estado deu prioridade às cidades mais distantes. A maioria são municípios pequenos, com menos de 20 mil habitantes

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A Secretaria de Saúde de Goiás, com 52 municípios selecionados, participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) para oferta de assistência especializada em telemedicina — desenvolvido pelo Hospital Albert Einstein, da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira.

A seleção dos municípios escolhidos pelo estado priorizou cidades mais distantes de Goiânia, a maioria delas  municípios pequenos com menos de 20 mil habitantes. Cada participante recebe um computador e precisa agendar a capacitação com o hospital para utilização do sistema.

Silma Gomes da Silva, gerente de atenção primária da SES-GO, afirma que o projeto se estenderá até dezembro de 2023. Para isso,  os municípios elegíveis precisam assinar o termo de aceite fornecido pelo Hospital Albert Einstein, que disponibiliza equipamentos e profissionais especialistas.

"Estamos em momentos diferentes. Há municípios que já estão realizando teleconsultas e outros que ainda estão no processo de assinar o termo de aceite", afirmou a gerente.
Destes, alguns como Morro Agudo, Rio Quente, Novo Gama e Marzagão já assinaram o termo de aceite e pegaram os equipamentos.

A importância da telemedicina na qualidade do atendimento aos usuários também foi destacada:

"A telessaúde é muito potente, pois contribui para melhorar a qualidade do cuidado do usuário. Como a maioria dos municípios é composta por pequenas localidades, o único ponto de atendimento disponível é a atenção primária. Por vezes, o usuário necessita de atendimento especializado além do atendimento primário, e isso melhora a satisfação do usuário", explicou.

Além disso, o programa beneficiará inúmeros pacientes que vivem em localidades distantes da capital goiana e precisam de atendimento médico.

"Também é possível reduzir o número de transferências de pacientes entre localidades, já que muitas vezes os usuários percorrem mais de 300 km para consultar um especialista. Isso torna o processo mais dinâmico e pode reduzir custos, diminuir o tempo de espera por um atendimento, uma vez que muitos usuários esperam até seis meses ou mais por uma consulta com especialista. Além disso, o programa qualifica os profissionais de saúde, pois fornecem assistência ao usuário e, ao mesmo tempo, oferecem apoio matricial para os profissionais médicos", enfatizou.

Os municípios estão passando por um processo de capacitação, formando equipes compostas por um médico e um enfermeiro para aprimorar seus serviços. Alguns já estão em estágio avançado e atualmente realizam interconsultas em uma sala das unidades de saúde. Cada teleconsulta terá a duração de 30 minutos.

Os profissionais capacitados, tanto médicos quanto enfermeiros, serão responsáveis pelo agendamento das interconsultas, seguindo a organização estabelecida em cada município. Essas consultas remotas abrangem as especialidades de endocrinologia, neurologia, neurologia pediátrica, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia.

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