Data de publicação: 01 de Fevereiro de 2020, 14:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
Em Florianópolis, 70,5% dos casos de contágio são em homens e, a maioria, em pessoas com idade entre 15 e 24 anos (21,4%). Em 2019, nos 10 primeiros meses do ano, foram notificados 112 casos de infecção por HIV em Florianópolis, uma queda de 60,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a cidade registrou 281 casos. Isso representa 15% dos contágios de todo o estado de Santa Catarina. A capital catarinense segue a tendência nacional no que diz respeito ao perfil de infecção, tendo as maiores contaminações entre homens jovens. O diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, comenta a atenção do Governo Federal à vulnerabilidade desse segmento.
“Nós temos hoje uma epidemia estabilizada em torno de 900 mil pessoas estimadas como casos de AIDS. E aqui nós temos os dados relacionados a homens e a mulheres, e nós podemos observar que se a gente verificar o dado de 2008 a 2019, (podemos) observar que a gente tem uma epidemia, principalmente em homens, jovens e com na faixa etária de 25 a 39 anos, e que essa é a população que a gente tem que trabalhar prioritariamente”.
O mundo tem enfrentado uma alta de contágios por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nos últimos anos. O último boletim da Organização Mundial da Saúde, a OMS, apontou a ocorrência de 1 milhão de novos contágios por IST todos os dias. Isso levando em consideração apenas sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase. O médico infectologista da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, Eduardo Campos Melo, alerta que todas as ISTs trazem condições graves.
“Não só diretamente, com o surgimento de manifestações clínicas, como feridas, secreções, com muita dor, desconforto; pode provocar abortamentos, pode provocar má formação fetal, de uma série de complicações advindas dessas infecções, assim como a principal delas, em termos de impacto, que é o HIV. Então há uma situação grave, uma situação ainda bastante séria no Estado e no país; e isso faz com que precisemos tomar todos os cuidados com a nossa autopreservação.”
O preservativo é o método mais eficaz para se prevenir contra todas as ISTs. A retirada gratuita de camisinhas nas unidades de saúde pública é um direito de todos. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja dessas ISTs e de outras, como sífilis e hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.