Data de publicação: 01 de Fevereiro de 2020, 17:49h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
Em Palmas, capital do Tocantins, foram registradas 649 notificações de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) até dezembro. Desse total, somente para sífilis foram 572 notificações, 84 para HIV e 24 registros de Aids no município. A Secretaria de Saúde de Tocantins aponta que a quantidade alta de casos de sífilis deu-se pela maior disponibilidade de recursos para a identificação de pacientes infectados.
Dados do Ministério da Saúde mostram que Tocantins ocupa o quarto lugar na lista de estados com maior número de mortes causadas pela Aids no Brasil. Entre 2008 e 2018, último período observado pela pasta, o aumento de óbitos por conta dessa doença foi de 32%. Somente em 2018, foram registrados 58 óbitos por Aids – número maior do que foi registrado em 2017, com 53 mortes.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio de contato sexual sem o uso de preservativo, ou de mãe para filho – durante a gestação, parto ou amamentação.
Tocantins possui cinco Serviços de Assistência Especializada, que ficam nos municípios de Araguaína, Gurupi, Palmas, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional – e oferece opções de diagnóstico das ISTs. O assessor técnico de prevenção às ISTs da Secretaria de Saúde de Tocantins, Márcio Tales, defende que a prevenção é o melhor caminho para evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis.
“A prevenção é o uso de preservativos em toda a ocasião, sempre os preservativos estão aí, o acesso é universal, não precisa se identificar, os preservativos estão à disposição de toda a população na quantidade que você necessita. Se você acha que se expôs, não sabe a sua sorologia, procure uma unidade básica de saúde e peça para fazer o teste rápido.”
Marcos Verde tem 23 anos e é intérprete de língua brasileira de sinais. Morador de Palmas, ele descobriu que estava com HIV há quatro anos. Na época, ele acompanhava um amigo que também passava pela doença e foi assim que decidiu realizar exames. Assim que o HIV foi confirmado, o intérprete se preocupou em iniciar rapidamente o tratamento.
“Eu acho que essa questão do saber é sempre importante, porque mesmo que seu organismo seja mais resistente, que o vírus demore mais a se desenvolver no seu corpo, se ele é tratado é melhor, porque se ele não é tratado você fica exposto a qualquer outro problema que possa vir a ser mais agravante no futuro. Busque informação, a prevenção vem por meio da informação. Vá nas unidades de saúde, porque têm a obrigação de ceder medicamento para quem teve uma exposição, tem a camisinha que também é oferecida pela unidade de saúde.”
Gratuito, o tratamento permite uma melhora na qualidade de vida e interrompe a transmissão dessas infecções. É oferecido de forma gratuita por todas as unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, todas as Unidades de Saúde têm testes para a detecção das infecções. A camisinha é o único método que previne contra todas as ISTs. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja das ISTs. Para mais informações, acesse: saúde.gov.br/ist.