Data de publicação: 20 de Novembro de 2023, 15:00h, atualizado em 20 de Novembro de 2023, 15:22h
LOC.: Começa o período de defeso da piracema nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, quando há a proibição da pesca na região. Neste período, os pescadores têm direito ao Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal.
Desde o dia 1º de setembro foram feitas 177 mil solicitações do seguro-defeso, nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. Destas, quase 99% já estão em análise pelo INSS e 70% têm resposta concluída.
O benefício é de um salário-mínimo mensal, pago enquanto durar o defeso, com limite máximo de cinco meses. Para solicitar, o pescador pode acessar o site ou aplicativo Meu INSS ou pedir pelo telefone 135, e também em colônias e sindicatos com convênio com o INSS.
Os pescadores que já receberam o benefício nos anos anteriores terão a concessão automática ao benefício.
A piracema é o período de reprodução de alguns peixes quando há uma migração contra a correnteza. No Brasil, essa temporada se iniciou em 1º de outubro e segue até o dia 28 de fevereiro de 2024.
O presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura, Francisco Medeiros, explica que a pesca fica vetada durante esse tempo para garantir a próxima geração dos peixes.
TEC./SONORA: Francisco Medeiros - presidente Peixe BR
“Normalmente as universidades, os órgãos de pesquisas avaliam o ano inteiro, a ictiofauna da região e verificam a hora que os peixes começam a entrar em reprodução, então decreta-se o defeso e vai até o período em que mais de 80% dos peixes pararam o período de reprodução”
LOC.: A pesquisadora Paula Maria Gênova, do Instituto de Pesca, fala sobre o que é permitido nesta temporada.
TEC./SONORA: Paula Maria Gênova - pesquisadora
“O pescador sendo da categoria profissional, comercial, ele pode capturar essas espécies não nativas sem cota de captura, já para pesca amadora, esportiva, há cota de captura para essa modalidade de pescador, que no caso é de 10 quilos mais um exemplar”
LOC.: Além do seguro-defeso, os pescadores de 93 municípios afetados pela seca na região Norte recebem ainda um auxílio extraordinário de R$ 2.640. O benefício vale para trabalhadores cadastrados nas cidades que atravessam situação de emergência decorrente de seca ou estiagem reconhecida pelo Poder Executivo federal: 22 municípios do Acre, 49 do Amazonas, dois do Amapá e 20 do Pará.
O valor total pago pelo governo federal é de aproximadamente R$ 300 milhões.
Reportagem, Yumi Kuwano