VITÓRIA (ES): Bairros de diferentes classes sociais registram casos de Tuberculose

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LOC: Vitória registrou, até o início de abril deste ano, 32 casos de Tuberculose. Em 2016, foram 120 com três mortes ligadas à doença. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde. Com quase um quarto da quantidade do ano passado, a pasta já fez um mapeamento sobre a incidência desses casos por região. A incidência é calculada pela quantidade registrada de habitantes da região. Hoje, Centro, São Pedro e Maruípe são os que apresentam a maior incidência. No entanto, LucienneVenturim, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose em Vitória, revela que esses três bairros, apesar do índice ainda alto, têm apresentado uma diminuição nos últimos anos. No entanto, um bairro tem chamado a atenção da secretaria. Lucienne explica o porquê.

 

TEC/SONORA: Lucienne Venturim, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose em Vitória.

 

“O bairro Continental, que é de um melhor poder aquisitivo, a incidência está se mantendo. Não é uma incidência alta, mas está se mantendo nos últimos cinco anos. Geralmente, esses pacientes são identificados nas unidades de referência e aí temos uma maior dificuldade de aproximação com esse paciente. Às vezes acontecem casos no trabalho e a gente observa que as pessoas ficam com medo de transmitir a doença, então tem muito disso ainda. Isso é o tipo de coisa que nós precisamos quebrar, e nós só quebramos isso com informação.”

 

LOC: Washington Jordão Alvez, gerente administrativo de 28 anos, sofreu por conta da falta de informação das outras pessoas. Morador de Itararé, próximo a Maruípe, um dos bairros com maiores incidências, ele foi diagnosticado com Tuberculose em 2015. Washington revela que viu o namoro terminar por conta do preconceito com a doença. Ele revela que até o professor te uma autoescola se recusou a dar aulas para ele, depois que a Tuberculose foi confirmada. Hoje Washington está curado e dá um recado para quem ainda tem preconceitos com os pacientes da doença.

 

TEC/SONORA: Washington Jordão Alvez, gerente administrativo.

“Dizem que Tuberculose é doença de quem tem baixa renda, de pobre, de pedreiro e isso não é verdade, porque na unidade de saúde em que eu fazia tratamento, fiquei sabendo que tinham médicos, advogados, professores que faziam o tratamento. E outra, eu e meus pais sempre tivemos uma boa condição de vida, nunca nos faltou nada. E eu peguei a doença, nem sei como peguei. Ninguém está isento de pegar a doença só porque tem dinheiro ou tem uma condição de vida melhor.”

 

 

LOC: Em todo o estado do Espírito Santo já passam de 400 os casos registrados da doença. Além da própria capital, Cariacica, Fundão, Guarapari, Viana e Vila Velha são as que mais preocupam a Secretaria Estadual de Saúde, segundo a pasta. Os sintomas mais frequentes da Tuberculose são tosse, febre vespertina, sudorese noturna, perda de peso e cansaço. Para mais informações, acesse: saúde.gov.br. 

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