RIO GRANDE DO SUL: Mesmo com crise, andamento das reformas não pode parar, afirma cientista político

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LOC.: A crise política que afeta o país desde que veio a público a delação premiada dos donos da JBS Friboi acabou paralisando os trabalhos do Congresso Nacional. Assim, o andamento de todas as reformas promovidas pelo Governo Federal está prejudicado, ao menos por enquanto. Isso porque, de acordo com o cientista Leonardo Barreto, o mercado tem dado sinais aos políticos de que sem as reformas o país não conseguirá voltar a crescer.
 
TEC./SONORA: Leonardo Barreto, cientista político
 
“Quando você olha o desempenho da bolsa, a alta do dólar, na verdade você está vendo a economia dando um recado para o Brasil, dizendo assim: ‘se vocês não mantiverem o caminho das reformas, eu vou cobrar um preço altíssimo de vocês’. E o preço é o que? O aprofundamento da miséria, do desemprego, a quebra de empresas”.
 
LOC.: Para a senadora Ana Amélia,  do PP gaúcho, a reforma trabalhista, por exemplo, é uma das pautas mais urgentes para que o país consiga retomar o rumo do crescimento e da geração de empregos. Em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Rio Grande do Sul teve 3.044 pessoas demitidas a mais do que contratadas. Em parte, segundo a senadora, o mau resultado é culpa da atual legislação, que ela considera paternalista e ultrapassada.
 
TEC./SONORA: Ana Amélia, senadora (PP-RS)
 
“Uma Lei olhando pro trabalhador brasileiro como se ele precisasse ser tutelado, como uma criança que não tem discernimento para escolher o que é melhor para você, ou para ele. Então, essa tutela subestima a capacidade, subestima até o direito do trabalhador ou da trabalhadora de escolher o que é melhor para a vida dela. Então, penso que é um avanço essa modernização para uma Lei que tem mais de 60 anos.”
 
LOC.: A reforma trabalhista prevê entre outras coisas, a divisão dos 30 de férias em até três períodos, além de determinar que ajustes na jornada de trabalho, quando de comum interesse, tenham força de lei. O texto também propõe garantias ao trabalhador terceirizado e facilita a elaboração de acordos entre empregados e empregadores.
 
O relatório da reforma Trabalhista foi aprovado no dia 26 de abril pelo plenário da Câmara dos Deputados. O texto, agora, segue em discussão no Senado Federal, antes de ser votado.
 
Reportagem, João Paulo Machado

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