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Pandemia não afeta doação de leite materno em Rondonópolis

O número de doadoras de leite materno caiu 5% em todo o país por conta do temor da pandemia do novo coronavírus

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O número de doadoras de leite materno caiu 5% em todo o país por conta do temor da pandemia do novo coronavírus, e em alguns estados, como São Paulo, a situação é ainda mais crítica. As mães de Rondonópolis (Mato Grosso), no entanto, estão dando uma lição de solidariedade. Mesmo com o distanciamento social, o Banco de Leite Humano da Santa Casa conseguiu manter os padrões de coleta suficientes para alimentar os bebês prematuros internados e/ou de baixo peso na Unidade Neonatal. A unidade alerta, no entanto, que as doações devem ocorrer durante todo o ano, já que o leite materno é essencial para a recuperação dos pequenos.

O Banco de Leite Humano do município mato-grossense coletou cerca de 42 litros de leite materno no último mês e conseguiu atender às necessidades de 20 bebês internados na Unidade Neonatal no mês de abril. No total, aproximadamente 23 litros foram distribuídos. No mês de março, foram 30 as crianças receptoras.

Por conta da pandemia, a coleta está sendo realizada apenas em domicílio. As mães lactantes de Rondonópolis que desejam e podem participar desta rede de solidariedade devem procurar a unidade por meio do telefone, ligando para (66) 3410-2785. O horário de atendimento vai de 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, e de 7h às 11h30 no sábado.

Janini Selva Ginani, coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, explica que a doação de leite materno é necessária o ano todo, mesmo que o banco esteja com o estoque em dia. Isso porque o alimento é de extrema importância para o recém-nascido, principalmente os prematuros e de baixo peso internados nas Unidades Neonatais, graças ao seu potencial nutricional e imunológico.

“O leite materno traz inúmeros benefícios para a saúde da criança. Protege de infecções, diarreia e alergias. Diminui a chance de desenvolver as chamadas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, colesterol alto, pressão alta e obesidade. E esses efeitos perduram até mesmo na vida adulta”.

Bianca Ferro é uma dessas mães agradecidas por participar da tarefa de ajudar os pequenos que estão lutando pela vida dentro de uma Unidade Neonatal. Depois de resolver um problema inicial de amamentação, viu sua produção de leite materno aumentar tanto que doava cerca de um litro por semana. Ela ressalta que qualquer quantidade é de extrema importância para os pequeninos que estão internados.

“É um gesto de solidariedade. Se você doar 30ml ou 40ml de leite materno, já estará ajudando muito os bebês, porque têm crianças na UTI neonatal que mamam 10ml. Faça sua parte, doe amor, doe vida porque é muito bom.” 

Além da unidade na Santa Casa, o estado tem outros quatro Postos de Coleta de Leite Humano que fazem parte Rede de Bancos Leite Humano. Para encontrar a unidade mais próxima, entre em contato com o Banco de Leite Humano Dr. José de Faria Vinagre, do Hospital Geral Universitário, a referência no estado. O número é (65) 3363-7000.

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite. 
 

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