Data de publicação: 05 de Junho de 2020, 21:10h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Em meio ao crescimento do número de pessoas diagnosticadas com a Covid-19, pesquisadores trabalham em uma forma de aumentar a oferta de testes disponíveis. Uma das instituições nessa luta é a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que mapeou a tecnologia que existia na unidade e a colocou à disposição para realizar testes do novo coronavírus. A universidade faz parte da Rede Viroses Emergentes, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A ideia é desenvolver vacinas, testes diagnósticos e medicamentos contra o novo coronavírus.
Na UFMG, já é possível a realização de cerca de 300 testes de Covid-19 por dia, em suporte à demanda crescente recebida pelo governo do estado de Minas Gerais. O professor Flávio Guimaraes da Fonseca, Virologista do Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG, explica que o teste aplicado na universidade é aquele que detecta o material genético do vírus, garantindo que um resultado mais confiável do que o dos testes rápidos.
“O tempo de geração desses testes, desses laboratórios que fazem parte desse consórcio, é de aproximadamente de 48 horas, que é bem superior ao tempo que a FUNED está solicitando para liberar esses resultados, que é acima de 5 dias. É um apoio diagnóstico bastante robusto”, pontua.
O CTVacinas também atua no desenvolvimento de um novo método de testagem para aumentar a oferta de testes rápidos. Ele é baseado no chamado “método Elisa”, que detecta a presença de anticorpos contra o novo coronavírus. O método é mais confiável do que aquele aplicado nos testes rápidos e necessita apenas de aparelhos simples. O custo da realização desse teste chega a ser de um terço do custo do teste que detecta o genoma do vírus.
Para que o exame seja disponibilizado para produção em larga escala, a instituição negocia a cessão dos direitos de produção de produtos envolvidos no processo.