Foto: Divulgação
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Equipe de Curitiba (PR) competirá torneio nacional de robótica com projeto de bota para astronautas se exercitarem no espaço

Disputa começa nesta sexta-feira (15) e segue até domingo (17), no Rio de Janeiro

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Alunos da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, de Curitiba (PR), desenvolveram uma bota que auxilia os astronautas na realização de exercícios físicos. O produto foi desenvolvido para o Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League e classificou a equipe de robótica da escola para a etapa nacional do campeonato, que vai ocorrer no Rio de Janeiro (RJ), a partir desta sexta-feira (15). 

O time, chamado de Cyber Rex, existe desde 2012 e já chegou à final de diversos torneios. Nesta temporada, vai disputar ao lado de outras nove equipes do Paraná. Ao todo, participarão 75 equipes de diversos estados do Brasil.

O integrante da equipe Matheus Maximovitz, 13 anos, conta que durante as pesquisas, ele e os outros cinco colegas que compõem o time acabaram descobrindo que os astronautas, quando estão em uma missão espacial, perdem cerca de 2% da massa óssea, 15% da massa muscular e de 20 a 30% da potência muscular, ao mês. 

Devido à microgravidade, os astronautas enfrentam dificuldades para executar exercícios durante as missões espaciais. Para correr ou caminhar, por exemplo, é preciso ter elásticos, cordas, para que eles fiquem fixos ao chão. Por isso, a equipe decidiu desenvolver um equipamento que ajudasse na realização de exercícios para fortalecer os músculos e os ossos dos astronautas. “O Cyber Boot Magnetos é uma bota que utiliza eletroímãs, que faz com que o explorador espacial complete diversos exercícios através deste equipamento. Ele também regula a intensidade do exercício que o viajante espacial deseja fazer”, explica o aluno do nono ano.

Curioso e desejando entender mais sobre o mundo da tecnologia, Matheus entrou para a equipe há cerca de três anos. Hoje o estudante considera a robótica um elemento essencial para o seu desenvolvimento e para o seu futuro. “Robótica não é só construir robô. A gente está aprendendo coisas que vão ajudar no nosso futuro, como cálculos matemáticos, linguagem de programações. Inclusive, eu quero ser programador”, ressalta.

O torneio possui três tipos de avaliação: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; Desafio do Robô, quando a equipe tem de cumprir missões com o próprio robô; e por fim, a Core Values, quando é avaliado o trabalho em equipe.

A professora de artes da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag e técnica da equipe de robótica Cyber Rex, Liz Cavalcante, afirma que a participação em projetos de robótica faz com que os alunos trabalhem características muito importantes para o desenvolvimento pessoal e acadêmico, além de incentivá-los a permanecerem nesta área. “Muitos alunos que passaram pela robótica já estão encaminhados, já estão em universidades, já estão trabalhando nesse ramo da robótica, da mecatrônica, fazendo cursos e estão dentro dessa área”, destaca. 

Para a técnica, a participação dos alunos nesta temporada do Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League tem sido motivo de orgulho para a escola. “A gente vê de perto esses alunos crescerem de uma forma extraordinária. Eles aprendem além dos muros da escola, eles têm contato com universidades, com professores, com doutores, especialistas”, afirma a professora.

Além de chegar até a etapa nacional, o projeto desenvolvido tem sido reconhecido como inovador e revolucionário e pode chegar a ser utilizado em academias e tratamentos realizados em clínicas de fisioterapia. A Cyber Boot Magnetos também será levada até a NASA por uma empresa aeroespacial britânica para checar a possibilidade de ela ser utilizada no espaço. 

O torneio
O desafio da temporada, “Into Orbit”, explora a temática espacial, envolvendo satélites, comunicação, sobrevivência e aspectos psicológicos a que os astronautas estão sujeitos em uma viagem espacial. Crianças e jovens de 9 a 16 anos podem participar da competição.

O Serviço Social da Indústria (SESI), que investe em programas de robótica desde 2006, é o responsável pela realização do torneio no Brasil. Cada equipe deve ter obrigatoriamente dois treinadores: técnico e mentor; e entre dois e 10 competidores. As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros. 

Para a gerente de Educação Profissional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Vanessa Frason, essa experiência fortalece a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico dos alunos, além de torná-los competentes para o mundo do trabalho. “O fato de a gente trabalhar com situações da vida real é importante porque vai dar para ele uma noção de como efetivamente as coisas funcionam no mundo real e certamente isso vai facilitar para ele depois, futuramente, uma formação profissional”, ressalta. 

Quer saber mais sobre robótica?
Acesse: http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/canais/torneio-de-robotica/

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