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O Hospital Municipal de Carolina (MA) adotou o novo tratamento para a Covid-19, o chamando “Protocolo de Madri”. A terapia consiste, principalmente, na associação dos medicamentos hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina ou albendazol, na primeira fase doença, e da injeção de corticoides, na segunda fase.
De acordo com o último levantamento da secretaria municipal de saúde de Carolina, a cidade tem 46 casos da doença em monitoramento, 48 casos suspeitos e 35 já foram descartados. O município desde o início da circulação do novo coronavírus já notificou 54 casos da doença. A cidade não registrou óbito em decorrência da Covid- 19.
Além disso, do total de casos da doença, apenas oito pacientes foram internados. Atualmente só um paciente está internado no Hospital Municipal da cidade.
Segundo o médico e prefeito de Carolina, Erivelton Neves (Solidariedade), a combinação de medicamentos prevista no protocolo tem garantido a melhora e recuperação dos pacientes na região.
“Estamos seguindo o ‘Protocolo de Madri’ aqui em Carolina, seguindo à risca, assistindo as lives, discutindo, estudando os artigos. E graças a isso, temos implantado o protocolo e tem sido um sucesso. Dessa forma resgatando a autoconfiança da população, a dignidade e o psicológico das pessoas em confiar em um tratamento que está dando certo”, relata Neves.
O município de Carolina fica localizado no Sul do estado do Maranhão, cerca de 640 km, da capital, São Luis. A cidade é conhecida como o portal do Parque Nacional Chapada das Mesas, uma unidade de conservação de cerrado com dezenas de cachoeiras e balneários, que atraem milhares de turistas de todo o país todos os anos.
Já o secretário municipal de saúde do município de Carolina (MA), Leonardo Souza Coelho, explica que a unidade de saúde do município já tinha um protocolo estabelecido. No entanto, após ter conhecimento do novo tratamento resolveu adequar os procedimentos.
“A gente fez o nosso e adequou a nossa realidade e começamos a utilizar. Todos os pacientes estão utilizando, não apenas os confirmados. A gente não está aguardando confirmar o exame para a gente começar com a medicação. A partir do momento em que paciente tem a clínica, ele vem nas nossas unidades aqui e o médico já vai passando. Claro que o médico só passa mediante a assinatura do termo de responsabilidade pelo paciente. O termo foi disponibilizado pelo próprio CRM do Maranhão”, destacou o secretário.
A técnica em enfermagem e moradora de Carolina (AM), Ana Lucia da Costa Rocha, 46 anos, foi uma das pacientes beneficiadas com o novo protocolo utilizado na rede pública de saúde. Ana não chegou a ficar internada no hospital municipal da cidade. Ela comenta como foi o tratamento.
“Eu comecei o tratamento com a azitromicina e o corticoide. Eu fiz o uso da cloroquina, mas acabei não me sentindo bem com o medicamento. Aí eu voltei ao médico novamente e ele suspendeu a cloroquina. Mas graças a deus foi tudo bem. Os meus sintomas, foram sintomas leves e não precisei ficar internada”, explicou a técnica em enfermagem.
Ana Lucia, relata ainda que durante o tratamento da doença os principais sintomas era diarreias e dores no corpo. “Eu sentir vários sintomas. Eu tive diarreia, dor na garganta e no corpo. Eu tive febre, mas não alta. A minha diarreia foi muito forte. Eu tive também dor no peito, cansaço. Eu sentia muitas dores nas costas. Mas não sentir falta de ar. Mas agora já estou bem, já voltei ao trabalho”, disse.
O conhecido como “Protocolo de Madri”, o tratamento tem mostrado resultados positivos. Segundo o secretário municipal de saúde do município de Carolina (MA), Leonardo Souza Coelho, a combinação dos medicamentos tem evitados o agravamento de casos da doença no município.
“A gente está percebendo que houve uma melhora, porque o paciente não está se agravando. De todas as internações que a gente teve, só um foi mais grave. E quando a gente entrou com os corticoides, junto com o protocolo e a cloroquina e a azitromicina, em dois dias a gente já verificou a melhora no exame de raio-x dele. No quinto dia, ele já recebeu alta do hospital”, disse Coelho.
O secretario Leonardo explica ainda que todos os pacientes quando chegam a unidade de saúde em Carolina (AM), e que já apresentam sintomas clínicos, começam a receber a medicação de imediato. Foi o caso do chefe do transporte escolar da prefeitura municipal de Carolina (AM), Paulo Roberto do Nascimento Santos, 48 anos. Após o diagnóstico ele já começou com a medicação.
“O tratamento foi precoce. Foi feito logo no começo da infecção. Durante o tratamento eu tomei a cloroquina, azitromicina e o albendazol. Eu retornei hoje ao médico e graças a deus estou curado”, disse Santos.
Outro paciente que recebeu os medicamentos do novo protocolo no Hospital Municipal de Carolina (AM), foi o motorista de caminhão, Renan Noleto Rocha, 35 anos. Explica como foi o tratamento desde que descobriu que estava infectado pela Covid-19.
“Apresentei os sintomas no dia 17 de maio e fiz o exame de sorologia. Após dez dias do resultado positivo eu comecei o tratamento com a azitromicina e cloroquina por cinco dias. Hoje eu fui avaliado pelo médico e tive alta. A minha mãe e esposa também testaram positivo. Mas graças a deus estou me sentindo bem e estou curado”, ressaltou Rocha.
Os pacientes infectados pelo novo coronavírus estão sendo medicados no Hospital Municipal de Carolina (MA). A unidade de saúde segue o protocolo que prevê a utilização a nível hospitalar, dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina, como relata o secretário municipal de saúde do município de Carolina, Leonardo Souza Coelho
“Ele tem a fase um que a aplicação viral, onde utilizamos a cloroquina ou a hidroxicloroquina. Além da ivermectina, azitromicina ou albendazol e o sulfato de zinco. A partir do momento que ele tem os sintomas e procura a nossa unidade, então o médico já vai prescrever. Esse é o paciente na fase um que vai ficar em casa. Na fase dois é quando o paciente já tem algum problema respiratório, possivelmente ele vai ficar internado. É nesse paciente que a gente está fazendo a pulso terapia, que é com uso de corticoides e outras medicações que o médico tem no protocolo, como os antibióticos”, destacou Coelho.
O tratamento com o uso associado desses medicamentos e com o de corticoides já vinha sendo oferecido também no município de Floriano (PI), no Hospital Regional Tibério Nunes. O novo protocolo foi trazido pela médica brasileira Marina Bucar Barjud, que atualmente trabalha no Hospital HM Puerta Del Sur, em Madrid, na Espanha.
O protocolo chamou a atenção de médicos de inúmeras prefeituras do país e levou a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a conferir o trabalho desenvolvido no Hospital Regional Tibério Nunes. Após a viagem a Floriano (PI), em live, a ministra afirmou que recomendaria a ampliação do tratamento a outros municípios brasileiros, como medida de combate do Governo Federal a Covid-19.
O uso da hidroxicloroquina, associada ou não a outros medicamentos, é tema controverso entre as autoridades da área da saúde. Ainda não existe um estudo científico que comprove ou não a eficácia do remédio no combate à Covid-19. Estudos nesse sentido levam anos para serem concluídos. Contudo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério da Saúde indicaram o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com o coronavírus a critério médico e com o consentimento dos pacientes em tratamento.
Por nota, o Ministério da Saúde informou que, orientações para uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento precoce da COVID-19, segue princípios bioéticos que garantem a equidade do SUS, dando o direito ao paciente de optar, com seus médicos, por uma terapêutica de baixo custo já usada no Brasil no tratamento de outras doenças.
Além disso, o Ministério da Saúde assume seu papel, como órgão orientador do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, de recomendar uma dose do medicamento que garanta a segurança do paciente na prescrição médica.
Cabe esclarecer que a pasta segue acompanhando estudos realizados em todo o mundo e já conta com um banco de informações com mais de 200 protocolos de cloroquina e de hidroxicloroquina usados em países como os Estados Unidos, a Turquia e a Índia.
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