LOC.: O Senado aprovou, na última terça-feira, a medida provisória do Voo Simples. A MP altera o Código Brasileiro de Aeronáutica, taxas de aeroporto e normas disciplinadoras do transporte aéreo no país.
Para apoiadores da matéria, a medida pretende desburocratizar e modernizar o setor aéreo.
Um dos destaques do texto aprovado é a volta da gratuidade do despacho de bagagens. Assim, o passageiro poderá despachar livre de taxas uma bagagem de até 23 quilos em voos nacionais.
O Senador Nelsinho Trad, do PSD/MS, defendeu a gratuidade das bagagens.
TEC./SONORA: Senador Nelsinho Trad PSD/MS
“Num país continental, a pessoa tem que levar na sua bagagem as suas roupas, seus sapatos, seus pertences pessoais. É diferente de outros países que as distâncias são curtas.Isso não vai impactar negativamente, isso vai ser um atrativo para o consumidor andar cada vez mais de aeronave.”
Já o relator Carlos Viana (PL/MG) afirmou que a medida pode encarecer as passagens.
TEC./SONORA: relator Carlos Viana (PL/MG)
“Se nós colocarmos a questão da bagagem gratuita, nós aumentaremos dependendo do modelo, de 10 a 14 pessoas. Isso tem um custo. Isso vai ser passado para passagem. Não vai ter nada de graça.”
LOC.: Outra mudança do texto da MP do Voo Simples é o limite do valor cobrado pelas companhias aéreas para o serviço de acompanhante de menores. Os senadores aprovaram que as companhias só podem cobrar, no máximo, 5% do valor da passagem.
Entre as principais alterações da MP em relação à Anac, estão a extinção de outorgas de serviços aéreas e redução de procedimentos para empresas interessadas em entrar no mercado de aviação brasileiro. As outorgas não precisam ser renovadas a cada 5 ou 10 anos, as empresas continuaram funcionando enquanto mantiverem as condições técnicas e operacionais.
Agora, o texto retorna à Câmara dos Deputados, para votação apenas do que foi mudado no Senado. A volta da gratuidade das bagagens será mantida, já que foi aprovada nas duas casas.
Reportagem, Daniel Trevor