Data de publicação: 30 de Abril de 2020, 05:02h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Os trabalhadores da saúde e os idosos com 60 anos ou mais, grupos prioritários da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, realizada pelo Ministério da Saúde entre os dias 23 de março a 15 de abril, foram imunizados no início da campanha para não correrem risco de se contaminar, já que têm contato com grande número de pessoas.
Com a pandemia do coronavírus, a campanha foi antecipada e a atenção com a saúde desses profissionais foi redobrada. A vacina não protege contra à Covid-19, mas evita o surgimento de infecções paralelas, reduz as síndromes respiratórias e facilita a triagem dos pacientes. Na imunização contra os três tipos de vírus da gripe, o Ministério da Saúde pede que seja respeitado o distanciamento recomendado, de dois metros de uma pessoa para outra, e descentraliza a aplicação aumentando o número de postos.
Se o profissional estiver imunizado contra o vírus Influenza, fica mais fácil diagnosticar outra doença no futuro. Quem explica é a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Patrícia Canto.
“As pessoas do grupo prioritário da primeira fase da campanha que foram os idosos com 60 anos ou mais e os trabalhadores da saúde, precisaram ser imunizados primeiro. Com isso, você diminui o número de doentes que precisam do serviço de saúde e, se isso acontecer, você não tem aquela dúvida diagnóstica sobre se é coronavírus ou Influenza. É muito importante, neste momento, manter o sistema imunológico livre de outras doenças.”
Em muitos municípios os trabalhadores da saúde foram vacinados nos próprios postos de saúde em que trabalham. O Rio Grande do Norte tem quase 80 mil profissionais da área de saúde, segundo o Ministério da Saúde. Quem fala sobre a situação é Geraldo Ferreira Filho, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, que defende a imunização precoce dos profissionais.
“A cada ano a vacina se fortalece como medida preventiva para evitar afastamentos sistemáticos do trabalho e subtração dessa força de trabalho, que é tão importante para a população. Os profissionais da saúde têm plena consciência dessa importância e estão procurando [a imunização] de forma acentuada, chegando a um ponto – na fase de idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde – de haver falta da vacina em alguns setores.”
No dia 16 de abril começou a segunda etapa da campanha que compõe, membros das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, portuários e população indígena. De 9 a 22 de maio, quando a campanha termina, é a vez de professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência.
Saiba mais sobre a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em saude.gov.br/vacinabrasil.