LOC.: Mesmo sendo a segunda maior causa de morte por único agente infeccioso no mundo, a tuberculose tem cura, desde que seja tratada de forma correta e sem interrupções durante o processo. O tratamento para a doença é disponibilizado pelo SUS e não deve ser interrompido pois a quebra no processo pode desencadear formas graves da doença. A orientação é do Ministério da Saúde.
O pesquisador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga da ENSP/Fiocruz, Paulo Victor Viana, expõe que o tratamento contra a tuberculose normalmente é feito com 4 comprimidos antibióticos.
TEC./SONORA: Paulo Victor Viana - pesquisador
“Esse tratamento, na sua grande maioria das vezes, tem uma duração de 6 meses. Ele é praticamente 100% eficaz, mas a gente tem que ressaltar aqui que não pode haver o abandono, o que pode ocasionar o desenvolvimento de fibras mais resistentes da doença e com isso prolongar o tratamento, fazendo uso de medicamentos mais tóxicos.”
LOC.: O pneumologista, Gerson de Almeida, conta que, antigamente, muitas pessoas morriam de tuberculose porque não existia tratamento. Por volta da década de 1950, começaram a aparecer os primeiros medicamentos que tratam a tuberculose.
TEC./SONORA: Gerson de Almeida - pneumologista
“Por ser um microrganismo de crescimento lento, o tratamento requer uma duração mais prolongada de cerca de 6 meses ou mais a depender do tipo de manifestação da doença, do órgão acometido e outros problemas de saúde que o paciente possa ter.”
LOC.: Durante entrevista, Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, explicou que um dos motivos para o abandono do tratamento é que pouco tempo após o início do processo, o paciente começa a se sentir bem e acha que está curado, pois os sintomas desaparecem.
De acordo com o Ministério da Saúde, a pasta irá disponibilizar aos estados um novo teste para diagnóstico da tuberculose para pessoas vivendo com HIV/aids com imunodepressão avançada. A tuberculose é a principal causa de morte nessa população e o diagnóstico e tratamento oportuno são capazes de reduzir essas taxas.
Reportagem, Sophia Stein