LOC: Com estoque sanguíneo baixo, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) precisa de que a população acreana se mobilize para doar sangue. O estado conta com o Hemocentro Coordenador, localizado no Acre, e, também, com uma estrutura descentralizada, composta pelos hemocentros regionais.
O Acre tem dois hemocentros regionais, que ficam nos municípios de Brasiléia e Cruzeiro do Sul. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue e aumentar o número de doadores de medula, o Hemoacre informa que os voluntários devem procurar o hemonúcleo regional mais próximo e permitir uma pequena coleta de sangue para averiguação do tipo sanguíneo e da compatibilidade.
De acordo com Quésia Nogueira, gerente da Captação de Doadores do Hemoacre, atualmente o estoque de sangue está crítico, principalmente as tipagens sanguíneas O positivo e O negativo.
TEC./SONORA: Quésia Nogueira, gerente da Captação de Doadores do Hemoacre.
“Precisamos de cada pessoa e a cada dia conscientizar ainda mais a população que nós precisamos de sangue, porque ele ainda não é produzido sinteticamente''.
LOC: O hemocentro localizado em Brasiléia, atende, sobretudo, a outros três municípios. Entre eles, Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri. A unidade fica na Rua Generalíssimo Deodoro, número 417, bairro Raimundo Chaar. O telefone para contato é o (68) 3546 -3791. Já o hemonúcleo de Cruzeiro do Sul está mais próximo de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves. A unidade está localizada na Rua Pedro Telles, número 600, bairro Manoel Terças e o telefone é o (68) 3322 -4318.
O estudante João Henrique Barbosa, de 18 anos, diz que a doação de sangue e medula óssea são importantíssimas. Ele pretende fazer o cadastro no Hemoacre em breve, já que na sua região estava suspenso e, assim, vai ajudar a salvar mais e mais vidas.
TEC./SONORA: João Henrique Barbosa, 18 anos, doador de sangue no Acre
“Porque a gente ajuda a ter pessoas menos individualistas e com mais empatia, principalmente no atual cenário em que muita gente tem receio por achar que a saúde pública é ruim, mas ela é maravilhosa e muitas vezes a pessoa não doa por falta de conhecimento.”
LOC: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro, se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e, depois, o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano, com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse redome.inca.gov.br/hemocentros/hemoacre.
Reportagem: Gabriela Andrade