Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Teste do pezinho: exame pode diagnosticar mais de seis doenças em recém-nascidos

Junho é considerado o mês para conscientização dos pais sobre a importância do exame para a saúde dos bebês. Teste deve ser realizado, de preferência, do terceiro ao quinto dia de vid

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Junho é considerado o mês para conscientização dos pais sobre a importância do teste do pezinho para a saúde dos bebês. A Triagem Neonatal Biológica (TNB) é um exame para rastreamento de algumas doenças que deve ser realizado em todo recém-nascido, de preferência do terceiro ao quinto dia de vida. 

A pediatra Mariana Carvalho explica que é um exame simples, de fácil execução, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em unidade hospitalar quando o recém-nascido permanece internado após o parto. 

É feito com algumas gotinhas de sangue do bebê, que eram coletadas do calcanhar. Mas, após alguns estudos recentes, foi sugerido que a coleta passasse a ser feita na mão, porque os bebês sentem menos dor. A médica Mariana Carvalho ressalta a importância do teste. 

“Mas, independente, essas gotinhas de sangue elas precisam ser coletadas teoricamente no período neonatal, que é entre o nascimento e os primeiros vinte e 28 dias de vida. O ideal é que seja coletado entre três a cinco dias para que o bebê já tenha amamentado, utilizado algumas das enzimas e o teste seja mais fidedigno.”

O teste tem como finalidade identificar doenças endocrinológicas, metabólicas e genéticas, antes dessas doenças, de fato, apresentarem sintomas. Assim é possível evitar complicações. 

A pediatra recomenda que, caso o teste dê positivo, os pais retornem ao médico de confiança ou busquem o hospital de apoio. O tratamento é individualizado para cada doença.

“Se é uma alteração em alguma enzima do metabolismo, de repente essa criança pode precisar de uma restrição de dieta específica ou usar uma fórmula que não contenha elemento ou que não pode consumir proteínas. Então, depende de cada alteração. Por exemplo, a deficiência do G6PD, é uma criança que não vai poder consumir alguns tipos de corante, usar alguns tipos de medicação. Então, o tratamento ele é voltado para aquela que foi encontrada.”

Teste ampliado

O teste do pezinho na rede pública só faz o diagnóstico de seis doenças. Já o exame ampliado dá o diagnóstico de mais de 50 doenças. Em maio de 2021, foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia o rastreamento de doenças no recém-nascido. A lei previa que, um ano após a publicação, o Teste do Pezinho Ampliado (TPA) deveria ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). 

NOTA

O Ministério da Saúde informou que a lei vigente fala sobre o aperfeiçoamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), com a inserção escalonada para o rastreamento de doenças, como a toxoplasmose. O rastreamento das doenças no Teste do Pezinho Ampliado já pode ser ofertado pelos serviços de saúde em todo o país.

Alguns estados como no Distrito Federal, o Teste do Pezinho Ampliado na rede pública é garantido por lei há dez anos. E no estado de Minas Gerais, o exame mais completo começou a ser feito em janeiro deste ano. 

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