Data de publicação: 15 de Fevereiro de 2023, 12:08h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:25h
O setor de serviços apresentou alta de 8,3% em dezembro na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor cresceu 3,1% frente a novembro, alcançou o patamar recorde desde 2011 e ficou 14,4% acima do nível pré-pandemia.
Para o economista Carlos Eduardo Oliveira, o desempenho positivo foi influenciado pela melhoria das condições sanitárias do Brasil em relação à Covid-19. “Com a redução do número de infectados com a Covid-19, as pessoas passaram a consumir cada vez mais os serviços, que foi o maior impactado, porque o setor de serviços tem muito na questão presencial”, explica.
O avanço do volume de serviços, de novembro para dezembro de 2022, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes terrestres (alta de 18,4%) e o de transporte aéreo (28,6%).
Segundo o economista, o segmento de turismo impulsionou a expansão do transporte. “As viagens que tinham parado praticamente devido a pandemia, ocorreram de uma forma mais significativa nesse ano tanto para o transporte aéreo quanto o transporte rodoviário e também para a rede hoteleira. O turismo voltou a respirar e se fortalecer no ano de 2022”, aponta.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais administrativos e complementares (7,7%) e dos serviços prestados às famílias (24%), puxada por segmentos como restaurantes, hotéis, buffets e academias.
Para o empresário e dono do restaurante Olinda Comida Nordestina, localizado em Brasília (DF), Romão Olinda, os últimos dois anos foram marcados por crescimento do negócio. “Com o fim do ciclo da pandemia, as pessoas estavam com a necessidade de sair mais, então identificamos que houve uma migração do delivery para o presencial e observamos o aumento do faturamento e demanda”, diz.
No campo negativo, somente o segmento de outros serviços (-2,1%) retraiu, sob a influência de serviços financeiros auxiliares como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados, entre outros.
Expansão é registrada em 26 Unidades Federativas em 2022
No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil foi acompanhada por 26 Unidades da Federação (UF). Os destaques são para São Paulo (9,7%), Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (4%), Rio Grande do Sul (11,3%), Pernambuco (11,2%), Paraná (4,4%) e Mato Grosso (13,8%). Apenas o Distrito Federal (-1,6%) fechou o ano em queda.
Já na passagem de novembro para dezembro houve altas em 22 das 27 UFs, com a principal influência do Rio de Janeiro (5%), seguido por São Paulo (0,8%), Minas Gerais (4,6%) e Distrito Federal (13,4%).